MILITAR chamado de traidor por ter contado a verdade.
Depois da notícia da suposta armação em relação ao desaparecimento de Ruben Paiva muita gente em sites militares e de direita tem se referido ao coronel Raymundo de Campos, que revelou detalhes do esquema perpetrado pelo comando da repressão, como um traidor, uma espécie de delator.
Não podemos confundir as coisas, a maioria das pessoas sensatas desse país já percebeu que a comissão da verdade tem um viés revanchista, e que é unilateral. Eles não se importam em ouvir as vítimas dos terroristas de esquerda, somente se detém em apurar os erros cometidos pelo estado. Mas, não é a desonestidade alheia que nos tornará ignorantes ou demagogos, nenhuma pessoa sensata seria louca de afirmar que as forças armadas não cometeram erros durante o período em que administraram o país. A repressão ao terrorismo era uma ação grande e complexa, com bastante gente envolvida.
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Clique aqui para seguirSe as coisas fossem conduzidas de forma mais sensata pelo governo atual, mais detalhes sobre as ações do estado poderiam ser apurados com facilidade. É a própria unilateralidade da comissão faz com que os militares e outros agentes da repressão tendam a ocultar informações. Afinal, parece que o negócio foi preparado para lhes prejudicar, deixando os esquerdistas, que assassinaram, sequestraram, justiçaram e explodiram, incólumes. Tenta-se construir uma falsa história que diz que a esquerda lutava pela democracia. Há gente influente que advoga a revogação da anistia só para os militares. Você contaria alguma coisa se soubesse que podem te ferrar?
O coronel Raymundo de Campos não é um traidor, apenas contou aquilo que acredita ser a verdade. Será que ele não tem esse direito? O seu depoimento não muda nada no contexto geral da história do Brasil. Pode sim mudar detalhes específicos, em relação ao desaparecimento de uma pessoa. O que se tem realizado é muito mais amplo, é omitido a todo custo que os militantes de esquerda desejavam impor o comunismo no Brasil, nos moldes mais cruéis. Esconde-se também que os esquerdistas realizaram ações terroristas, assassinaram pessoas inocentes, torturaram e justiçaram. E esconde-se que os militares, mesmo cometendo erros, junto com a sociedade honesta e esclarecida da época, impediram que o Brasil se tornasse o maior país comunista do Ocidente.
Criticar os militares, agora, em 2013, é muito fácil. Se ponha no lugar de um militar da época.
Imagine só: Você é um capitão do exército, e recebeu a informação de que hoje a noite uma bomba pode explodir em algum lugar movimentado do centro do Rio. Pessoas inocentes certamente morrerão se essa explosão ocorrer. Sua equipe consegue capturar um dos terroristas, e ele se nega a fornecer informações sobre o caso. Você insiste, então ele ri na sua cara e diz que logo estará solto, será trocado por um político preso ou embaixador sequestrado por seus amigos. Você então tem duas opções. Ou deixa o terrorista preso, rindo da sua cara enquanto pessoas inocentes vão morrer, ou resolve lhe ameaçar e até dar uns tabefes para que ele forneça informações sobre o que vai ocorrer. Lembre-se, a vida de pessoas inocentes está em risco. Quando você está diante de uma pessoa que há pouco tempo tentou te matar esse tipo de coisa é ainda mais complicado, o ambiente é de violência, tenso. O que você faria no lugar do capitão citado acima?
G.K. Lamounier.
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