TERNUMA publica manifesto. Sim, mais um manifesto adianta? Com todo respeito senhores Generais. Reclamar na internet surte mesmo algum efeito prático?
Alguns brasileiros foram às ruas em março desse ano, foi uma reedição da marcha da família. Manifestaram sua insatisfação com a atual situação do país e lembraram da ação popular que livrou o Brasil do comunismo. Um dos textos que os incentivou veio da pena do General Paulo Chagas, atual presidente do TERNUMA. Em são Paulo a manifestação reuniu cerca de suas mil pessoas, no rio cerca de 400.
No referido artigo o general disse: Não basta, portanto, pedir uma atitude dos militares, é preciso que os civis esclarecidos e convencidos do perigo ostentem massivamente suas posições e opiniões e que contribuam para magnetizar a agulha que definirá o novo rumo a ser tomado. As “Marchas da Família com Deus Pela Liberdade”, programadas para o mês que inicia, são um bom começo para esta soma de esforços e para reafirmar o que, há cinqüenta anos, fez com que o Brasil fosse visto e admirado como a “Nação que salvou a si própria”!
Publicado na Revista Soc. Militar (Veja Aqui) o texto viralizou, teve milhares de compartilhamentos e foi parar em centenas de sites de esquerda e direita, os primeiros aterrorizados, os segundos eufóricos com o apoio de tão ilustre militar.
O mesmo general, agora como presidente do grupo Terrorismo Nunca Mais (TERNUMA), encabeça um abaixo assinado que já conta com cerca de 3 mil assinaturas, de generais, oficiais, sargentos e uma imensa diversidade de categorias de civis que compartilham da opinião de que alguma coisa mais concreta deve ser deita para endireitar os rumos ora assumidos pelo país.
Diz o texto: CARTA ABERTA AOS BRASILEIROS – “Estamos à beira do perigo de um governo autoritário, que vai passar por cima, como já está passando, da Constituição e das leis”. (Hélio Bicudo, fundador do PT) … O Grupo Terrorismo Nunca Mais – TERNUMA, associado ao segmento esclarecido da sociedade, solidariza-se com as Forças Armadas, em repúdio à forma falsa e ardilosa com que têm sido transmitidos à Nação os fatos que antecederam a crise política-institucional de 31 de março de 1964 e suas conseqüências para o Brasil.
O ataque à imagem dos militares parece ser pré-condição para o sucesso de uma nova tentativa de empolgar o poder pelo comunismo de sempre, agora travestido de bolivarianismo, uma mutação estranha à índole e aos costumes do povo brasileiro.
A maquinação das vulnerabilidades eleitorais democráticas não é suficiente para ocultar a intenção maquiavélica de aqui implantar um modelo massificante, que destrói a liberdade e a autonomia do indivíduo, transformando nações inteiras em prisões coletivas, como a que flagela o povo cubano e que se ensaia na Venezuela.
A dissensão ora propagada é fruto da inconformidade dos que sucumbiram em 1964, tendo adotado o terrorismo e a violência contra a sociedade, para chantagear o governo. A História mostrou que essas insanidades foram perpetradas para transformar o Brasil em uma “ditadura do proletariado”. Essa constatação é acessível na literatura e até mesmo na historiografia da esquerda honesta, e na internet, para a pesquisa dos que se interessam por ela.
A isenção da imprensa e a liberdade de expressão são requisitos essenciais à liberdade. A difusão de meias verdades, financiada com dinheiro público, e o constrangimento a que são submetidas as opiniões que contraditam a propaganda oficial, são artifícios fascistas de uma cultura autoritária que explora a mídia.
Desta forma, os intolerantes buscam impor uma hegemonia facciosa a todo o povo, mascarando seus pontos de vista em conceitos “politicamente corretos”. Esquecem, imprudentemente, da força moral dos brasileiros que se contrapuseram a esse jugo de escravidão no passado recente, e que perseveram, atentos, nas trincheiras da Democracia.
Por conhecer a angústia do Soldado Brasileiro, em particular dos Comandantes nos mais altos escalões, últimos depositários dos sentimentos de seus subordinados, é que este grupo de civis e militares patriotas vem a público para manifestar sua solidariedade às Forças Armadas e denunciar a abominável campanha destrutiva com que os derrotados de ontem as têm tratado, apesar de saberem que delas dependem e que, se hoje estão no poder, o devem ao compromisso histórico dos militares para com a democracia. Nenhuma ditadura serve para o Brasil!
Prezado General e signatários do abaixo assinado (Aqui), com todo respeito lhes pergunto: Vocês acreditam mesmo que um abaixo assinado com pouco mais de 3 mil assinaturas surtirá algum efeito contra um grupo que tem o controle de toda a mídia brasileira, que tem a máquina estatal nas mãos? Se vocês acreditam mesmo que Estamos à beira do perigo de um governo autoritário, não seria o caso de se manifestar de forma mais visível, mais veemente? É Obvio que não digo que devem pegar em armas. Mas acredito que, como oficiais da reserva, generais, coronéis e homens reconhecidamente sábios deveriam empreender unidos algo mais concreto. Quem sabe um desfile em Brasília, quem sabe uma formatura em frente ao Congresso. Isso seria suficiente para despertar uma verdadeira reflexão em nível não só nacional, mas talvez mundial, sobre as verdadeiras intenções dos atuais donos do poder.{jcomments on}
É obvio que é louvável esclarecer nossos jovens acerca do que está realmente acontecendo, mas isso é quase insignificante dada a dimensão do poder do inimigo.
Renato Oliveira Boaventura Souza – Em: https://sociedademilitar.com.br
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