A oposição nas ruas muda sim o país. A sabatina deixou de ser apenas uma seção homologatória.
Na primeira sabatina real dos últimos anos o indicado de Dilma tem que explicar no Senado os seus posicionamentos políticos. A decisão definitiva deve sair apenas na semana que vem. Pois, Renan Calheiros disse que deverá levar a questão ao plenário apenas no dia 19, o que contraria muito as expectativas do governo.
Na sabatina Fachin nega que recebeu anteriormente um convite de LULA: “Não recebi convite do presidente Lula para ser indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Tive encontro com o presidente Lula, mas não recebi convite para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal”.
Fachin: “Nós não podemos ter censura em nenhuma hipótese. (…) Prefiro conviver com a liberdade de divergência. (…) A liberdade deve ser mantida custe o que custar e ao que custar”.
Sobre a lei de anistia Fachin apenas disse: “Reputo muito importante que o País não perca sua memória, mas reputo também importante que um País se pacifique”
Sobre maioridade penal Fachin disse: “Os nossos adolescentes estão sendo instrumentalizados nas mãos de pessoas que se valem da tenra idade para propósitos indevidos. O que nós todos temos a pensar e propor como solução? Quais são instrumentos? A ressocialização prisional tem gerado efeito? Onde estão os maiores índices de reincidência? Esse é o debate que devemos ter”.
Tomando como base o que o indicado de Dilma para o STF disse, podemos crer então que na sua opinião menores de 18 anos não tem ainda a mente formada a ponto de resistir a manipulações de marginais de comunidades e favelas. Como então poderiam resistir a manipulação extremamente elaborada, aplicada por meio da propaganda eleitoral? Não seria então um paradoxo que possam votar, encolher representantes, legisladores. Mas, não possam ser punidos?
Revista Sociedade Militar