MILITARES. Aumento da IDADE de transferência para a RESERVA. Militares portugueses se revoltam.
Já faz alguns anos que os militares portugueses se organizaram e são representados por associações de classe. Por lá, como aqui, militares não fazem greve. Contudo, as lideranças são recebidas por autoridades e suas demandas em nome da categoria são consideradas.
Nessa quinta-feira a Associação Nacional de Sargentos declarou oficialmente que considera “inaceitável” a intenção do Governo de equiparar as pensões militares às concedidas aos policiais. A liderança da entidade declarou que existem atividades nas Forças Armadas que não são possíveis de realizar com a degradação da idade.
O Governo de Portugal prepara alterações significativas e entre elas está a equiparação da idade para transferência para a reserva para os militares federais com o que atualmente está em vigor para os policiais.
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Clique aqui para seguirA associação da sargentos declara também que os militares já têm sido bastante penalizados com a redução dos efetivos.
“Quero lembrar também que houve uma redução de efectivos. Neste momento, somos 32 mil militares a dar resposta a tudo o que é actividade operacional das Forças Armadas”
“Nós estamos a trabalhar em frentes operacionais no limite e os próprios chefes militares têm referido isso. Não estamos a ver de que forma o Governo poderá empenhar mais anos nesta actividade sem recrutar mais gente para as forças armadas”, disse o líder da ANS.
O mesmo responsável frisou que a média de idade da reforma está actualmente nos 55 anos.
“Há atividades que são críticas dentro das Forças Armadas, como por exemplo os nadadores-salvadores, pilotos, bombeiros, entre outras”, ressaltou um dos líderes da associação de sargentos.
O presidente da Associação de Sargentos nessa quinta-feira foi ao Ministério da Defesa entregar um ofício para solicitar informações ao ministro Azeredo Lopes sobre as pretensões relacionadas a transferência para a reserva, aumento da idade etc.
No BRASIL percebe-se certa pressão no sentido de rever a questão da pensão militar, idade de transferência para a reserva e outros itens relacionados ao salário dos militares. Mas, não se ouve falar em equiparação com as polícias, já que por aqui já há corporações policiais que recebem “horas extras” e têm diárias e salários que equivalem a quase o dobro do que recebem o militares federais.
Contudo, em caso de propostas concretas por parte do governo federal brasileiro, os militares federais, sem associações, não tem como contestar ou apresentar contrapropostas. Ha certa esperança de que sejam incluídos na PEC443, emenda constitucional ainda em tramitação que torna legal a representação de militares por meio de associações de classe.
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