Lênin. Ironia do destino faz corpo do ícone comunista se tornar mera MERCADORIA para turistas “capitalistas”
Vez por outra retorna aos meios de comunicação informações sobre os “absurdos” gastos para manter o corpo embalsamado de Lênin. Uma última reportagem da BBC conta que atualmente o gasto para manter com aspecto de vivo o defunto do grande líder comunista é de cerca de 300 mil dólares mensais.
O valor expresso em RUBLOS, 13 milhões, soa como muito mais milionário do que realmente é. Contudo, o que Lênin atualmente gasta não supera em nada o que gasta-se em automóveis ou jantares mensais celebrados nos gigantescos salões do Kremlin.
A visita ao cemitério de luxo onde jaz o comunista que morreu em 1924 e cuja imagem vez por outra adorna comícios em países como o Brasil, faz parte do roteiro turístico de milhares de ocidentais todos os anos, rendendo aos russos, que obviamente nada mais têm de comunistas, milhões de dólares em bugigangas, lembrancinhas e hospedagem, que superam em muito os milhares de dólares gastos em sua manutenção
Os preços em MOSCOU são tão “capitalistas” quanto em qualquer lugar do planeta. Um cappuccino custa por volta de 7 dólares (22 reais) e a cerveja 5 dólares.
Na verdade, cada vez que se discute o fim do tratamento químico para manter com cara de vivo o defunto mais famoso da Rússia, hordas de turistas se apressam em seus planos de visitar a Praça Vermelha em Moscou.
Diferente do passado, quando Lênin era exporto com uma vestimenta militarizada, o líder comunista é apresentado agora com um belo e alinhado terno, que o torna bem mais fotogênico.
Ao lado de Lênin, na necrópole instalada no muro do Kremlin, há outros defuntos importantes, nomes que protagonizaram papeis interessantes para a ideologia que se mostrou o grande fracasso político do século XX. Ser enterrado na muralha do Kremlin era considerado como a maior honra que um comunista poderia receber após a morte.
Entre os agraciados com a honra citamos os presidentes Stálin – falecido em 1953 e Brejnev – falecido em 1982. Há até norte americanos enterrados no local, entre eles está John Reed, autor de “Dez dias que abalaram o mundo”, que acredita-se ser o relato mais popular da revolução bolchevique. Reed é um jornalista que se evadiu para a Rússia em 1917, ano da revolução. Ele teria morrido de tifo em Moscou apenas 3 anos após seu exílio voluntário.