250 REAIS para CAMPANHA! André Monteiro, candidato a GOVERNADOR do Rio de Janeiro, tem receita microscópica para missão gigantesca
Enquanto os candidatos “tradicionais” dispõem de receitas milionárias, aqueles que vêm de fora da política têm que lutar com o que vem a sua mão. É óbvio que não há igualdade de condições entre os candidatos. Se o sistema concede mais dinheiro e mais tempo aos candidatos dos maiores partidos fica evidente que se favorece a repetição do passado, o status quo. Assim o sistema não se institui como democrático, mas como aristocrático, é uma eleição que favorece as elites políticas, uma
Políticos que têm ligações com os chefões do crime têm privilégios em comunidades cariocas, podem entrar e sair e alcançam com tranquilidade os eleitores locais. Políticos honestos não têm o mesmo acesso. Não seria algo parecido o que ocorre no que diz respeito a distribuição de dinheiro, tempo na TV e rádio? Aqueles que conseguiram se ligar aos “grandes” chegam até o eleitorado, tem tempo e material para apresentar seus projetos mirabolantes, elaborados por sociólogos, com técnicas de persuasão etc. Aos outros – os de fora do sistema – resta lamentar.
É o caso do policial do BOPE André Monteiro, candidato a governador do Estado do rio de Janeiro pelo mesmo partido do General Mourão, vice de Bolsonaro, primeiro lugar nas pesquisas. Como esperar que a proposta do militar candidato chegue a tantos eleitores quanto chega a proposta dos candidatos da aristocracia política?
O TSE registra que o repasse do PRTB para o candidato André Monteiro foi de apenas 250 reais para que realize sua campanha para o governo do estado do RIO de JANEIRO. O Tribunal Eleitoral registra ainda que o montante de 250 reais vem de doações de pessoas físicas direcionadas ao candidato, nada veio do fundo partidário.
O TSE destinou para o PRTB nesse ano a quantia de R$ 2.814.151,28. Todavia, ao que parece, o partido NÃO CONSIDERA que André Monteiro, MILITAR-CANDIDATO para o cargo de GOVERNADOR do Estado do Rio de Janeiro, mereça uma parte da milionária verba para campanhas políticas destinada ao partido.
Na vaquinha online o candidato só recebeu até agora 3 doações, que totalizaram 63 reais. Link no final do artigo.
Por mais que se ouça que a sociedade procura gente de fora da política para preencher os cargos no legislativo e executivo, os cariocas , segundo as pesquisas, parecem preferir os chamados políticos tradicionais. IBOPE atesta que no RIO os primeiros lugares são Romário, Eduardo Paes e Garotinho.
Alguns insistem em dizer que todos os candidatos tem a mesma chance, que concorrem em igualdade de condições. Mas, na prática a coisa é diferente. Enquanto André Monteiro – PRTB – não tem receita suficiente sequer para um deslocamento de ida e volta de ônibus até uma cidade do interior do estado do Rio, como São Fidelis, por exemplo, o candidato Eduardo Paes já gastou 1 milhão de reais na empresa PROVIDEO – PRODUÇÃO AUDIO VISUAL e 1.5 milhão na empresa MCA PRODUÇÕES ARTÍSTICAS LTDA-EPP, certamente para produção de seus vídeos para o horário político obrigatório.
Outros candidatos, como o Ex-JUIZ Wilson Witzel, apesar de receberem quantias um pouco maiores do que a “verba” concedida ao candidato do PRTB, têm também raro tempo na TV, o que os prejudica muito.
Ao lado do ex-juiz Wilson Witzel, Andre Monteiro do BOPE é um dos nomes que mais aparece nas redes sociais de militares e agentes de segurança pública do RIO de JANEIRO.
Veja a receita de alguns candidatos, segundo dados coletados no TSE
CANDIDATO | RECEITA DISPONÍVEL EM 02/09/2018 – SEGUNDO O TSE |
André Monteiro | R$250,00 |
Eduardo Paes | R$3.994.400,00 |
Índio | R$3.500.000,00 |
Romário Faria | R$3.000.000,00 |
Wilson Witzel | R$900.000,00 |
Dayse | R$ 9.500,00 |