Hoje o general Carlos Branco, major general do Exército português, disse em uma entrevista para a Rádio Observador que é praticamente impossível que os Ucranianos convençam outras nações a lutar a seu lado por que “seguramente se tornaria na terceira guerra mundial” e a coisa poderia escalar para outros patamares. Segundo o oficial a Ucrânia é um “pivô geopolítico” e acaba sendo vítima da geografia por estar ao lado de uma grande potência.
Os portugueses dado a sua proximidade geográfica do conflito naturalmente estão bem preocupados com a questão.
Numa conferência fechada entre membros da Sociedade de Geografia de Lisboa ocorrida nessa quarta-feira, o general Luís Valença Pinto declarou que a agressão militar perpetrada pela Rússia criou um clima tenso que pode trazer de volta o debate sobre o serviço militar obrigatório, extinto em Portugal.
Luís Valença Pinto foi Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas de Portugal entre 2006 e 2011. A palestra que participou era denominada como “Cenários de emprego das Forças Armadas no futuro”.
Entre as falas do oficial várias foram destacadas por jornais europeus e redes sociais de militares de Portugal.
“Se me perguntassem há um mês o que é que eu pensava sobre uma eventual retoma do serviço militar obrigatório em Portugal e no resto da Europa eu diria que não havia espaço político nem psicológico para fazer essa discussão e, portanto, seria porventura, independentemente da bondade de cada modelo em si, em termos práticos e pragmáticos, uma discussão a deixar a uma geração seguinte”,
“As Forças Armadas devem ter como certo que os cenários da sua ação futura serão marcadamente diferentes e que é para o inédito, para o inesperado e imprevisto, e não para o que já experimentaram, que têm que estar preparadas”