Ex-comandante da Marinha diz que solicitou a própria exoneração do CAMEX

Incomodado com a repercussão da exoneração feita ainda essa semana, a mesma em que Lula disse que estaria se livrando dos “infiltrados bolsonaristas”, o almirante de esquadra na reserva Almir Garnier, usou as redes sociais para explicar que a função não era remunerada e que ele mesmo solicitou a exclusão. 

Nota do almirante, divulgada em suas redes sociais

A título de esclarecimento da nota “Lula dispensa 2 indicados de Bolsonaro na Camex”, publicada no última dia 15 de fevereiro de 2023, informo que a função no citado conselho tem caráter NÃO REMUNERADO.

Fui indicado para a mesma, em 2019, com o propósito de ajudar a aumentar o entendimento sobre as peculiaridades da indústria de defesa, ainda como Secretário-Geral do Ministério da Defesa, a quem cabe a chefia da Secretaria de Produtos de Defesa.

Ao assumir o comando da Marinha, em 2021, cargo que ocupou a quase totalidade do meu tempo, solicitei a minha remoção dessa função no conselho da Camex, mas o senhor Presidente decidiu pela minha continuidade.

De igual forma, ao final do governo, novamente pedi para ser exonerado, como é normal, mas pelo jeito isso não ocorreu em tempo hábil no governo anterior e, no atual, levou um tempo mais do que razoável para ser efetivado.

Em retrospecto, considero bastante positiva a minha contribuição no âmbito da Camex – notadamente nos aspectos referentes à indústria de defesa – razão pela qual me despeço com o sentimento de cumprimento do dever.

E desejando que essa importante Câmara de Comércio Exterior permaneça bem cumprindo as suas atribuições em prol do crescimento econômico do Brasil, assim como o fez ao longo dos últimos quatro anos. Almir Garnier Santos Almirante de Esquadra (RM1) Ex-Comandante da Marinha