O Comando da Marinha, através do Estado-Maior da Armada, autorizou a visita ao porto de Itajaí-SC do contratorpedeiro ARA Sarandi, pertencente a Marinha da Argentina, no período de 25 a 28 de agosto. Este navio de guerra ficou famoso em 2004 após atingir com tiros de 40mm a fragata RADEMAKER (F-49) da Marinha do Brasil.
O acidente que ocorreu em 2004 não causou fatalidades, mas deixou 5 militares feridos, 4 brasileiros e 1 argentino. Na época, o acidente causou um grande rebuliço nos portais e fóruns de defesa de todo o Brasil.

O que aconteceu? Durante a 23º Operação Fraterno, que ocorria em 2004, o contratorpedeiro ARA Sarandi disparou acidentalmente contra a fragata brasileira Rademaker. O incidente aconteceu às 21h30m de uma segunda-feira, causou grande preocupação e os feridos foram levados imediatamente ao Hospital Naval Marcílio Dias para tratamento.
De acordo com uma publicação do jornal O Globo de 2004, uma falha no software que controla os canhões de 40 milímetros pode ter sido a causa do tiro disparado pelo contratorpedeiro “Sarandi”, da marinha argentina, contra a fragata brasileira. Esta falha já havia sido detectada anteriormente em canhões do mesmo tipo.
Em 1996, um problema semelhante com o software foi detectado em um exercício naval no litoral sul da Argentina, envolvendo a corveta “Spiro” e outros navios. Durante esse incidente, os canhões da corveta começaram a girar sem controle.
A fragata brasileira atingida acidentalmente pelo navio argentino é uma remanescente da guerra das Malvinas, tendo, inclusive, participado de combates na região.
Construída por um estaleiro escocês em 1976, ela foi incorporada à Royal Navy em 1980 com o nome de HMS Battleaxe F-89.
Em 1994, a Marinha do Brasil assinou a compra da Battleaxe e de outros quatro navios por cerca de US$ 170 milhões.
No dia 30 de abril de 1997 a fragata deu baixa na Marinha Britânica e foi incorporada a Marinha do Brasil, sendo então batizada de Rademaker em homenagem ao almirante Augusto Hamann Rademaker Grunewald, que tinha sido ministro da Marinha e posteriormente vice-presidente.