No dia 16 de agosto, a pedido do deputado Rui Falcão (PT-SP), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados promoveu o seminário “As Forças Armadas e a política: limites constitucionais“. Para ele, é preciso identificar os limites e possibilidades de atuação das Forças Armadas dentro de nosso arquétipo constitucional.
“Convém identificar quais os aperfeiçoamentos são exigidos deste Congresso Nacional, em geral, e desta Câmara dos Deputados, em particular, para eliminar dúvidas sobre o papel constitucionalmente adequado das Forças Armadas”, afirmou.
Um dos convidados a participar do seminário foi Manuel Domingos Neto. Neto é historiador, pesquisador, escritor e político brasileiro que foi deputado federal pelo Piauí. É professor aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF) e ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (ABED).
A Revista Sociedade Militar noticiou a rusga entre o professor Manuel Domingos e o general Sérgio Westphalen Etchegoyen, ex-ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Etchegoyen também foi um dos debatedores do seminário.
Autor do livro “O que fazer com o militar – anotações para uma nova defesa nacional“, o professor Manuel Domingos Neto já nos parágrafos iniciais de seu livro afirma que “o Brasil tem um arremedo de defesa”.
Segundo o intelectual, “a ideia de combate ao ‘inimigo interno’ precisa ser extinta: alimenta o transtorno de personalidade funcional do militar e do policial. Quando o policial age como militar e o militar como policial, a sociedade fica indefesa e o potencial agressor estrangeiro beneficiado.”
No vídeo abaixo, durante o seminário, o professor Manuel explica um pouco mais sobre o alegado “transtorno de personalidade funcional do militar” e como isso influencia sua relação com a política.