Nas Forças Armadas Brasileiras é costume se dizer que somente os comandantes falam pelas instituições. De fato outros militares somente podem se pronunciar sobre questões militares se forem autorizados pelo comando da força. Entretanto, no que diz respeito às notícias que vem sendo veiculadas pela imprensa na última semana, que atestam que o ex-comandante da marinha, Almirante Almir Garnier, teria aderido a um suposto conluio para implementar uma intervenção militar, a Marinha do Brasil por meio de uma nota veiculada em 21 de setembro, deixa claro que o então comandante não teria falado em nome da instituição.
A nota é acompanhada ainda da declaração de que a instituição está “à disposição da justiça para contribuir integralmente com as investigações “
Questões importantes surgem da nota veiculada pela armada brasileira: O almirante Garnier seria um comandante sem poder de comando ou de falar em nome da instituição? No caso de articulação do mesmo para participação da marinha do Brasil em uma ação conjunta entre Exército, Marinha e Aeronáutica no apoio à Bolsonaro os demais almirantes da Marinha do Brasil não iriam permitir que as tropas o seguissem na empreitada?
Nota divulgada pela Marinha do Brasil
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Clique aqui para seguir“A Marinha do Brasil (MB) esclarece que não teve acesso ao conteúdo de delação premiada do Tenente-Coronel Mauro Cid. Além disso, esta Força Naval não se manifesta sobre processos investigatórios em curso no âmbito do Poder Judiciário.
Consciente de sua missão constitucional e de seu compromisso com a sociedade brasileira, a MB, Instituição nacional, permanente e regular, reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência.
A MB reitera, ainda, que eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força e que permanece à disposição da justiça para contribuir integralmente com as investigações.
Centro de Comunicação Social da Marinha”