
Após um período de revitalização, o Panteão de Caxias, localizado em frente ao Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro, foi reinaugurado em solenidade realizada pelo Departamento de Educação e Cultura do Exército.
O evento de reinauguração foi presidido pelo comandante militar do Leste, General de Exército André Luis Novaes Miranda, e contou com a participação do chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, general de exército Richard Fernandez Nunes, e de demais autoridades civis e militares.
O comandante militar do Leste falou sobre o sentimento de reinaugurar o Panteão de Caxias:
“Para nós é uma alegria enorme reabrir esse monumento. O Exército preza pelo seu passado e por seus heróis. Isso é civismo, e nós temos o civismo como um dos nossos valores mais importantes. Nós prezamos a nossa história e os nossos patronos. Temos um orgulho enorme de tudo o que eles fizeram. O Duque de Caxias merece todo o nosso respeito”, declarou.
O diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro, General Luciano Antonio Sibinel, enfatizou a importância da revitalização do monumento para a Força Terrestre e a população civil:
“O objetivo do projeto é otimizar e ampliar o uso desta construção, reconhecida como patrimônio histórico. É entregar para a sociedade um espaço cultural, atual, moderno, acessível, aberto à visitação pública e de escolares, com o intuito de preservar e divulgar a história e o legado daquele que foi o maior soldado brasileiro”, pontuou.
PROJETO MECENAS
O processo de revitalização do monumento começou em 2019, início do governo do capitão reformado do Exército, Jair M. Bolsonaro, quando a Fundação Cultural Exército Brasileiro propôs a implementação da iniciativa ao Ministério da Cultura.
O projeto foi financiado por recursos através da lei de Incentivo à Cultura – Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991 – mais conhecida como Lei Rouanet. O processo também contou com o forte apoio do Grupo Comolatti.
O Projeto Mecenas do Exército Brasileiro participou da captação dos recursos financeiros para o projeto de revitalização do Panteão de Caxias desde o seu início, em dezembro de 2020.
Nesse período, pessoas físicas, a maioria militares da ativa, reserva e pensionistas, investiram cerca de 60 % do custo total do projeto. Conheça mais sobre o Programa Mecenas.
CAROS RESTOS MORTAIS
O Panteão abriga os restos mortais do Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, e de sua esposa, Anna Luiza de Loreto Carneiro Vianna de Lima.
Construído em 1949, pela Prefeitura do então Distrito Federal, e inaugurado em 25 de agosto do mesmo ano, foi projetado para prestar homenagem ao militar, referência para toda a Força Terrestre.
O valor da obra de revitalização passa dos 716 milhões de reais.
Se, de acordo com o tópico anterior, pessoas físicas custearam este valor, isso significa que militares ativos e inativos e pensionistas desembolsaram quase 430 milhões de reais no decorrer de 36 meses (2020-23), o que daria quase 12 milhões ao mês.
É a mega-sena de novembro deste ano acumulada por três anos consecutivos. É um esforço impressionante para restaurar o túmulo do patrono do Exército.