Nos últimos meses a Justiça Militar da União tem se debruçado sobre temas como racismo, minorias e discussões sobre gênero. Em 15 de novembro o Brigadeiro Joseli Parente, Ministro – Presidente da Justiça Militar da União, oficialmente abriu um simpósio sobre “ambiente tóxico, racismo estrutural e desigualdade de gênero“
Texto do STM
Nesta terça-feira (28), servidores e magistrados da Justiça Militar da União se reuniram, presencialmente e virtualmente, para debater o racismo. A discussão, mediada pelo integrante da Comissão de Prevenção ao Assédio e à Discriminação na JMU , juiz federal Jorge Luiz de Oliveira da Silva, teve como mote o curta metragem “Benevolentes”, que dá voz a população negra do Distrito Federal.
Após a exibição do curta, os presentes puderam ouvir mais sobre a temática por meio das palavras da desembargadora do TJMS Jaceguara Dantas da Silva; da vice-presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF, Patrícia Campos; e do diretor do curta-metragem, Thiago Nunes.
Os convidados falaram sobre as motivações que os levam a trazer para o seu dia-a-dia o combate ao racismo. Experiências de amigos, como revelou Thiago Nunes; ou experiências vividas na pele e por causa da pele como a desembargadora Jaceguara e a advogada Patrícia. Elas falaram sobre o vazio de pessoas negras em postos de direção nas instituições e o que isso representa para a sociedade. Elas falaram sobre experiências pessoais que passaram e quantos desafios as pessoas negras precisam ultrapassar para estarem nos espaços que são ocupados, de forma natural, pelas pessoas brancas. Para elas, a exclusão da população negra é uma realidade e que a chave da equidade está na igualdade de oportunidades.
Abertura – Na abertura do evento, o ministro-presidente do Superior Tribunal Militar, Joseli Parente Camelo, ressaltou a importância da iniciativa do Conselho Nacional de Justiça em trazer o debate sobre equidade racial para dentro dos Tribunais. Segundo ele, esse tipo de atividade busca corrigir “um grito que perdura há cento e trinta e cinco anos, pois, com a libertação dos escravos brasileiros, não foram criados pelo nosso Estado os meios necessários para que os escravos libertos se tornassem, verdadeiramente, livres e com iguais condições de viver como cidadãos brasileiros”.
Segundo ele, “por meio da articulação interinstitucional e social, deve-se buscar uma cultura antirracista na atuação do Poder Judiciário, ampliando-se o diálogo com os demais órgãos do Sistema de Justiça” e que esse deve ser um esforço contínuo de educação e de promoção de políticas públicas.
Estiveram presentes na solenidade o vice-presidente do STM e corregedor da Justiça Militar da União, ministro José Coêlho Ferreira; a juíza-corregedora auxiliar, Safira Maria de Figueredo; o diretor-geral, José Carlos Nader Motta; dentre outros magistrados, diretores, assessores e servidores.
https://www.stm.jus.br/informacao/agencia-de-noticias/item/13364-curta-metragem-sobre-racismo-motiva-debate-em-evento-realizado-no-superior-tribunal-militar
Revista Sociedade Militar
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