O general Freire Gomes, ex-comandante do Exército durante o governo Bolsonaro, está na mira de militares alinhados ao ex-presidente. Segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, eles o acusam de omissão e prevaricação no caso da suposta tentativa de golpe de Estado.
A principal acusação é que Freire Gomes não teria reportado às autoridades o conteúdo da reunião em que se discutia o golpe, ocorrida em julho de 2022. Além disso, ele também é acusado de não ter determinado a retirada do acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, mesmo após a derrota de Bolsonaro nas eleições.
Os militares bolsonaristas argumentam que, como comandante do Exército, Freire Gomes tinha a “responsabilidade institucional” de reportar o que ocorria às autoridades. Eles também acreditam que a cúpula do Exército está protegendo o general e que é preciso “jogar luz” sobre seu papel nos acontecimentos.
Para incriminá-lo, os militares investigados pela Polícia Federal (PF) pretendem apontar o papel de Freire Gomes em seus depoimentos. A intenção é pressionar a PF a responsabilizá-lo pelos seus atos.
O general Freire Gomes foi comandante do Exército durante o período mais crítico do governo Bolsonaro, entre março e dezembro de 2022. Ele era considerado um dos principais aliados de Bolsonaro dentro das Forças Armadas.
Fonte: O Globo