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O que o Exército Brasileiro pensa sobre a Rússia: ressentimento de seu declínio e influência reduzida

por Franz
01/02/2024
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O Manual de Fundamentos Conceito Operacional do Exército Brasileiro – Operações de Convergência 2040, assinado pelo General de Exército Stumpt, membro de destaque do Alto Comando do Exército, apresenta uma análise detalhada e bastante perspicaz sobre a posição da Rússia no cenário geopolítico global e suas implicações para a segurança e a política internacional. O material surpreende um pouco por apresentar uma visão crítica sobre a Rússia, prática nem sempre presente na “política externa” do Exército Brasileiro.

O Manual de Fundamentos destaca a visão estratégica do Exército Brasileiro em relação às tendências globais e regionais, o texto assinado por Stumpf posiciona a Rússia como um ator fundamental na reconfiguração do poder mundial.

A Rússia no texto do Exército Brasileiro é descrita como “herdeira natural da antiga União Soviética”, um país que “mantém o ressentimento de seu declínio e influência reduzida após o colapso da era comunista”​​. Esse ressentimento é visto como uma espécie de mola propulsora, um elemento-chave que impulsiona a política externa russa, especialmente em relação ao seu “exterior próximo”, que inclui o espaço pós-soviético considerado pela Rússia como uma área de influência natural e vital para a segurança do Estado russo.

A ideologia da “Grande Rússia” serviria – na visão demonstrada no manual – como o combustível que alimenta essas ambições, com a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022 sendo a manifestação mais recente e nociva desse ressentimento.

O manual, ampliando um pouco mais a análise também destaca o alinhamento estratégico entre Rússia e China, que visa minar a liderança global dos Estados Unidos e desestabilizar a Europa, uma região onde “o poder russo ainda importa, tanto econômica quanto militarmente”​​.

Esse movimento é interpretado como parte da busca da Rússia por um maior protagonismo no palco internacional, uma busca que provavelmente será caracterizada por um “assertivo posicionamento”, amplamente apoiado pelo poder militar do país e seu expressivo arsenal nuclear.

Além da Rússia, o documento aborda o reposicionamento de outras potências globais e regionais, como Alemanha, França, Reino Unido, Japão, Turquia e Índia, e aponta para uma tendência de multipolaridade caracterizada pela emergência de lideranças regionais mais atuantes​​.

Este cenário sugere um redimensionamento das balanças de poder regionais, exigindo estratégias robustas para acomodar novos arranjos geopolíticos de forma que o Brasil não fique isolado. A lista de países com relevância regional crescente inclui, além dos já citados, Irã, Arábia Saudita, Israel, África do Sul, Nigéria, Brasil e Austrália, indicando um cenário internacional cada vez mais complexo e interconectado.

A visão apresentada no manual reconhece a necessidade de estratégias que considerem a emergente multipolaridade e os desafios que ela apresenta para a segurança e a estabilidade internacional. A análise do Exército Brasileiro, portanto, não apenas deixa clara a sua visão sobre a Rússia, mas também fornece insights valiosos sobre as tendências geopolíticas que moldarão o futuro próximo, sublinhando a necessidade de vigilância e adaptação estratégica em face de um cenário global em rápida e constante evolução.

Franz Lima

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