A notícia no The Guardian, publicada na Inglaterra em 29 de março de 2024, diz que o governo Lula vetou eventos que ocorreriam em alusão ao 60º aniversário do golpe de Estado militar de 1964”. O artigo, assinado por Tom Phillips, diz ainda que familiares de vítimas da ditadura teriam ficado consternados por conta do bloqueio aos eventos, feito por determinação do presidente Lula.
Em evento de lançamento do Submarino Toneleiro, ocorrido em 27 de março na base de submarinso na Ilha da Madeira, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, conforme levantado pela Revista Sociedade Militar, o presidente da república, bastante a vontade entre militares, chegou a homenagear o Almirante Karan, último ministro da Marinha nos Governos Militares, o que indignou alguns militantes de esquerda que esperavam reações mais enfáticas do governo em relação a data.
“Os activistas esperavam que o governo de esquerda assinalasse o aniversário dessa tomada de poder, 31 de Março de 2024, com uma série de memoriais em homenagem aos milhares de mortos, desaparecidos ou torturados pelo regime de 1964-85. O ministro dos direitos humanos, Silvio Almeida, planejou uma cerimônia e uma campanha de conscientização com o slogan: “Sem lembrança não há futuro”, diz o texto no The Guardian
O jornal católico Crux Now também criticou a falta de menções e discussões no aniversário de 60 anos do inpicio do regiem militar no Brasil.
” Há dez anos, no 50º aniversário do golpe, a CNBB divulgou um comunicado no qual dizia “às gerações pós-ditadura que deveriam permanecer ativas na defesa do Estado de Direito” e reafirmava “o compromisso da Igreja com a defesa de democracia participativa e justiça social para todos.”
Este ano, porém, o site da CNBB não mencionou a data. Nenhuma postagem nas redes sociais nos perfis do episcopado fez referência ao 60º aniversário do golpe, o que representa uma ruptura notável com uma tradição mantida ao longo das últimas décadas.”
Robson – Revista Sociedade Militar