Em um cenário de contrastes, a Marinha do Brasil se depara com o desmantelamento de grande parte de sua frota devido à falta de investimentos, enquanto a China avança a passos largos no desenvolvimento de uma tecnologia revolucionária para seus submarinos: a propulsão a laser.
Segundo informações da Revista Sociedade Militar, baseado em declarações feitas pelo Almirante Marcos Sampaio Olsen, a Marinha brasileira enfrenta um dos maiores desafios de sua história, com a previsão de desmobilizar 70% de sua frota até 2028.
Essa medida, tomada em resposta às restrições orçamentárias e ao envelhecimento dos equipamentos, visa otimizar o orçamento da Marinha com a introdução de menos unidades, porém mais eficientes. A situação da Marinha Brasileira é tão crítica que o atual comandante denunciou ao Senado o estado da corporação.
Em audiência realizada, o Comandante Naval afirmou que é inadmissível uma Marinha incapaz de causar danos e pediu por mais recursos, leia sobre isso clicando aqui.
Desativação em massa
O plano de desativação inclui 43 navios, entre os quais três fragatas com mais de 45 anos de serviço e submarinos da classe Tupi, como o S-33 Tapajó e o S-34 Timbira. A falta de recursos para munição e combustível também contribui para a situação, com apenas 57% do necessário recebido em 2023.
Novos submarinos Riachuelo
Apesar do cenário, a Marinha brasileira não está estagnada. A entrada em serviço dos novos submarinos da classe Riachuelo representa um passo importante na modernização da frota. No entanto, a desativação em massa de outras unidades levanta questionamentos sobre a capacidade de defesa do país.
China avança com propulsão a laser
Em contraste com a situação brasileira, a China investe em tecnologia de ponta para seus submarinos. A Universidade de Harbin desenvolve um sistema de propulsão a laser que, com previsão de 80 unidades até 2035, promete transformar a indústria naval, aumentando drasticamente a velocidade e a furtividade das embarcações subaquáticas.
O sistema funciona através de uma malha de fibras ópticas que emitem pulsos de laser, vaporizando a água ao redor e criando plasma. Essa substância gera uma onda de detonação que impulsiona o submarino com força comparável à de um jato comercial.
Preocupação global
Embora a tecnologia ainda esteja em fase inicial de desenvolvimento, ela já gera preocupação em países como os Estados Unidos, pois pode alterar o equilíbrio do poder naval global. A Marinha americana também investe em pesquisas nessa área, buscando manter sua competitividade.
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