Em entrevista publicada pelo jornal O Globo na última sexta-feira, 7 de junho, o general Tomás Paiva, comandante do Exército brasileiro, abordou a questão da escassez de recursos na Força.
Com um discurso diplomático, o general evitou conflitos com o Congresso e com o governo, mas ressaltou a importância de investimentos na Defesa.
Falta de recursos
O general Tomás destacou que o orçamento do Exército está cada vez mais apertado, dificultando o cumprimento de suas missões.
“O orçamento está cada vez mais difícil”, afirmou o comandante.
“Temos enxergado que o orçamento está cada vez mais difícil pelas contingências que estamos vivendo.”
Diálogo com o governo
Apesar da escassez de recursos, o general Tomás evitou críticas diretas ao governo federal. Ele ressaltou o diálogo positivo com o presidente Lula, que se mostra “altamente favorável ao investimento em Defesa”.
“Ontem (quinta-feira), eu conversava sobre isso com o presidente, que é altamente favorável ao investimento em Defesa”, disse o comandante.
Consequências da falta de recursos
O general Tomás alertou para as consequências negativas da falta de recursos na Força.
“Às vezes, essa tecnologia já está obsoleta”, disse ele em relação ao atraso no projeto de monitoramento da fronteira.
“Mesma coisa com os helicópteros, que precisam ser substituídos em determinado tempo. Às vezes, não é mais economicamente viável.“
Prioridade para a Defesa
O comandante do Exército defendeu a necessidade de priorizar a Defesa no orçamento do país. “O custo de não ter é muito maior do que o custo de ter”, afirmou.
“Eu não posso ficar sem helicóptero na Amazônia, onde o único meio de transporte rápido, de atuação, é o helicóptero. Só que eu tenho aqui um esforço de helicóptero totalmente voltado para o Rio Grande do Sul. Se eu tiver outra emergência, por exemplo, preciso de helicóptero. Vai impactar no orçamento, mas o custo de não ter é muito maior do que o custo de ter.“