O presidente dos Estados Unidos anunciou recentemente a libertação de quatro cidadãos americanos e um portador de green card que foram detidos na Rússia. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa nessa quinta-feira, onde Biden destacou os esforços diplomáticos que possibilitaram o fim do martírio na Rússia.
Críticas contra Putin
O presidente iniciou seu pronunciamento expressando a alegria pela libertação de Paul, Evan, Alsu e Vladimir, que foram presos injustamente na Rússia. Paul, ex-fuzileiro naval, estava na Rússia para um casamento quando foi detido. Evan e Alsu, ambos jornalistas, foram acusados falsamente de espionagem enquanto realizavam seu trabalho. Vladimir, que possui um green card americano, foi preso por suas críticas ao regime de Putin.
A operação de liberação foi descrita como um “feito de diplomacia e amizade”. Ele destacou a participação de vários países, incluindo Alemanha, Polônia, Eslovênia, Noruega e Turquia, que desempenharam papéis cruciais nas negociações complexas que levaram à libertação dos prisioneiros.
No total, a Rússia libertou 16 prisioneiros, incluindo quatro americanos, cinco alemães e sete cidadãos russos que foram presos políticos em seu próprio país. Entre as libertações foi um representante da organização de direitos humanos Memorial, que ganhou o Prêmio Nobel em 2022, e quatro associados de Aleksey Navalny, líder da oposição russa.
Biden destacou: “E Vladimir, que é cidadão russo de nascimento e tem um green card americano, é jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer e carregou o caixão de meu amigo John McCain ao meu lado no funeral. Ele se manifestou contra o regime de Putin e por isso foi condenado por traição. ”
A Importância das alianças
O presidente enfatizou a importância das alianças internacionais em situações de grande consequência. Ele elogiou os países aliados que se posicionaram ao lado dos Estados Unidos, tomando decisões ousadas e fornecendo suporte logístico para a libertação dos prisioneiros. “Para qualquer um que questione se os aliados importam, eles importam. Eles são importantes”, afirmou.
A operação não só trouxe americanos para casa, mas também salvou a vida de prisioneiros políticos que defendem a democracia e os direitos humanos. “Diz muito sobre os Estados Unidos o fato de trabalharmos incansavelmente para libertar americanos que estão presos injustamente em todo o mundo”, disse o presidente, destacando o compromisso dos EUA com a liberdade e a justiça.
Compromisso Contínuo
Biden concluiu o discurso reafirmando o compromisso de seu governo em continuar trabalhando pela liberação de americanos detidos injustamente em todo o mundo. Desde o início de seu mandato, mais de 70 americanos foram trazidos de volta para casa. Ele também emitiu um decreto executivo emitido em 2022, que autoriza avaliações e proibições de viagem contra aqueles que mantêm americanos presos contra sua vontade.
Disurso completo – 12h18 — horário de verão da Costa Leste dos EUA
PRESIDENTE: (…) Olá a todos.
Todos estão aqui?
Pois bem, boa tarde. E esta é uma tarde muito boa — uma tarde muito boa.
Hoje, estamos trazendo para casa Paul, Evan, Alsu e Vladimir — três cidadãos americanos e um portador de green card (residente permanente) americano.
Todos os quatro foram presos injustamente na Rússia: Paul por quase seis anos, Vladimir desde 2022, Evan desde março de 2023 e Alsu desde outubro de 2023.
Autoridades russas os prenderam, os condenaram em julgamentos de fachada e os sentenciaram a longas penas de prisão sem absolutamente nenhuma razão legítima. Nenhuma.
Paul, ex-fuzileiro naval, que estava na Rússia para um casamento.
Evan, jornalista, estava na Rússia enviado pelo Wall Street Journal.
Alsu, também jornalista, estava na Rússia para ver a família.
Todos os três foram falsamente acusados de serem espiões.
E Vladimir, que é cidadão russo de nascimento e tem um green card americano, é jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer e carregou o caixão de meu amigo John McCain ao meu lado no funeral. Ele se manifestou contra o regime de Putin e por isso foi condenado por traição.
E agora a provação brutal deles acabou, e eles estão livres.
Momentos atrás, as famílias e eu conseguimos falar com eles por telefone a partir do Salão Oval.
Eles saíram da Rússia.
Hoje mais cedo, eles voaram para a Turquia. E em breve, estarão de volta a caminho de casa para ver suas famílias.
Esse é um alívio incrível para todos os familiares reunidos aqui. E é um alívio para amigos e colegas em todo o país que vêm rezando por este dia há muito tempo.
O acordo que tornou isso possível foi um feito de diplomacia e amizade — amizade. Vários países ajudaram a fazer isso. Eles se juntaram a negociações difíceis e complexas a meu pedido. E agradeci pessoalmente a todos eles novamente. E eu os agradeci pessoalmente, e agradecerei novamente.
No conjunto, a Rússia libertou 16 prisioneiros. Oito russos que estavam detidos no Ocidente também serão enviados para casa. Esses 16 prisioneiros da Rússia — que a Rússia libertou incluem quatro americanos, cinco alemães, sete cidadãos russos que eram prisioneiros políticos em seu próprio país.
Um desses russos dirige a organização de direitos humanos Memorial, que ganhou um Prêmio Nobel em 2022. Putin o jogou na prisão por expressar oposição à guerra na Ucrânia.
Quatro outros trabalhavam com Aleksey Navalny, o líder da oposição política que morreu em uma prisão russa este ano.
Agora eles podem viver com segurança no exterior e continuar seu trabalho de defender a democracia se assim escolherem.
Este acordo não teria sido possível sem nossos aliados Alemanha, Polônia, Eslovênia, Noruega e Turquia. Todos eles se prontificaram e ficaram do nosso lado. Eles ficaram do nosso lado e tomaram decisões ousadas e corajosas, libertaram prisioneiros detidos em seus países que estavam sendo mantidos justificadamente e forneceram suporte logístico com o intuito de levar os americanos para casa.
Portanto, para qualquer um que questione se os aliados importam, eles importam. Eles são importantes.
E o dia de hoje é um exemplo poderoso de por que é vital ter amigos neste mundo — amigos em quem se pode confiar, com quem se pode trabalhar e contar, especialmente em assuntos de grande consequência e sensibilidade como esse.
Nossas alianças tornam nosso povo mais seguro, e começamos a ver isso novamente hoje.
Permitam-me dizer o seguinte. Diz muito sobre os Estados Unidos o fato de trabalharmos incansavelmente para libertar americanos que estão presos injustamente em todo o mundo. Também diz muito sobre nós o fato de este acordo incluir a libertação de prisioneiros políticos russos.
Eles defenderam a democracia e os direitos humanos. Seus próprios líderes os jogaram na prisão. Os Estados Unidos também ajudaram a garantir sua libertação. É isso que somos nos Estados Unidos.
Defendemos a liberdade, a autonomia e a justiça — não apenas em prol de nosso próprio povo, mas também em prol de outros . E é por isso que todos os americanos podem se orgulhar do que conquistamos hoje.
Quero agradecer a todos em meu governo que ajudaram a fazer isso acontecer. Nosso trabalho não começou apenas no primeiro dia. Começou antes do primeiro dia.
Durante a transição, instruí nossa equipe de segurança nacional a investigar todos os casos de reféns detidos injustamente, que eram inerentemente — bem, nós os herdamos do governo anterior. Eu queria ter certeza de que iríamos agir com rapidez, e foi o que fizemos.
Até hoje, meu governo já trouxe para casa mais de 70 americanos que foram detidos injustamente e mantidos como reféns no exterior, muitos deles desde antes de eu assumir a Presidência.
Além disso, emiti um decreto do Executivo em 2022 autorizando penalidades como sanções e proibições de viagem para aqueles que mantêm americanos contra sua vontade. E meu Departamento de Estado introduziu novos avisos para os americanos sobre o risco de serem detidos injustamente por um governo estrangeiro.
Negociações como essa implicam decisões difíceis e nunca há garantias. Mas não há nada que seja mais importante para mim do que proteger americanos no país e no exterior. Portanto, continuaremos a trabalhar pela libertação de todos os americanos detidos injustamente em todo o mundo.
Permitam-me terminar onde comecei — com Paul, Evan e Alsu, Vladimir e suas famílias.
Eles nunca perderam a esperança. Não podemos imaginar o que eles passaram — todos vocês. Na verdade, esta senhora aqui, creio eu, morou no Salão Oval conosco por um tempo.
Mas, brincadeiras à parte, não consigo imaginar a alegria deles neste momento. Eles estão em casa.
Amanhã é um grande dia — o 13º aniversário de Miriam. Miriam, onde você está? Venha cá.
Todos vocês sabem que temos uma tradição na família Biden. Cantamos “Parabéns a você” em qualquer aniversário. Estão prontos? Todos vocês.
12h29 — horário de verão da Costa Leste dos EUA
Recebido de State Department // USA