A Marinha russa deu mais um passo em sua estratégia de reforço naval ao aceitar a entrega de mais um corveta da classe Karakurt, o Amur.
Esse desenvolvimento ocorre em um momento em que a principal embarcação da frota, o porta-aviões Admiral Kuznetsov, permanece fora de serviço após um longo período de reparos, levantando dúvidas sobre seu retorno ao mar.
No entanto, a introdução de navios menores, mas altamente armados, como o Amur, mostra que a Rússia continua determinada a expandir e modernizar suas capacidades navais.
O Amur é a sexta embarcação da classe Karakurt a ser entregue à Marinha russa, de um total planejado de 16 navios, dos quais cinco já estão em serviço ativo. A cerimônia oficial de aceitação ocorreu em Kaspiysk, com a presença do comandante-chefe da Marinha Russa, almirante Aleksander Moiseyev, que enfatizou a importância desse novo navio na defesa dos interesses nacionais.
Projetados pelo Almaz Central Marine Design Bureau, os corvetas da classe Karakurt são reconhecidos por sua potência de ataque e elevada capacidade marítima, mesmo sendo embarcações relativamente pequenas.
Essas corvetas são equipadas com mísseis de cruzeiro Kalibr-NK ou Oniks, capazes de atingir alvos estratégicos em áreas costeiras, conhecidas como águas verdes, o que inclui defesas costeiras e instalações offshore.
Além dos mísseis, o Amur também está armado com um canhão automático de dupla finalidade A-190 de 100 mm, entre outras armas, tornando-o uma plataforma versátil para enfrentar uma variedade de ameaças, incluindo ataques aéreos.
Essas capacidades destacam a prioridade da Rússia em fortalecer seu componente naval de superfície, especialmente em regiões próximas a suas costas.
Apesar de originalmente 18 navios desse tipo terem sido planejados, o número foi revisado para 16, dos quais seis já foram construídos e entregues. A classe Karakurt se apresenta como uma solução mais marítima em comparação com a classe Buyan-M, que opera principalmente em zonas litorâneas.
O projeto 22800 foi concebido não só para atacar embarcações inimigas, mas também para operar em conjunto com outras forças, ampliando o alcance e a eficácia da Marinha russa em várias frentes.
O Amur, com uma tripulação de 39 marinheiros, é um exemplo do foco contínuo da Rússia em melhorar sua capacidade de defesa e projeção de poder no mar.
Com um deslocamento de cerca de 860 toneladas e uma velocidade máxima de 30 nós, o Amur pode permanecer em operação por até 12 dias, cobrindo uma distância de até 2.500 milhas.
Essa combinação de características reforça a posição da Marinha russa em águas próximas e sublinha sua estratégia de defender interesses nacionais com recursos modernizados e flexíveis.
Essa entrega simboliza a resiliência e a capacidade de adaptação da Marinha russa, que, apesar das dificuldades enfrentadas com o Admiral Kuznetsov, continua a fortalecer sua presença naval com unidades menores, mas eficazes, como o corveta Amur.
Com informações de National Interest