Em 2024, Brasil e Argentina, dois dos maiores países da América do Sul, ocupam posições distintas no ranking mundial de poder militar. Segundo o índice Global Fire Power (aqui e aqui), que avalia a capacidade bélica de 145 países, o Brasil figura em 12º lugar, enquanto a Argentina aparece na 28ª posição. Essa diferença já reflete a maior capacidade bélica brasileira, embora os dois países possuam características distintas em termos de defesa.
O levantamento considera diversos fatores como efetivo militar, orçamento de defesa, equipamentos e capacidade tecnológica. Apesar da superioridade brasileira em quase todos os aspectos, a Argentina ainda se destaca em alguns pontos.
Diferenças de população e economia
A disparidade começa na base: a população do Brasil é quase cinco vezes maior, com 217 milhões de habitantes contra 45,69 milhões na Argentina. Esse fator se reflete diretamente no orçamento de defesa, onde o Brasil investe US$ 24,75 bilhões, bem acima dos US$ 2,54 bilhões da Argentina. A economia brasileira também é mais robusta, com um PIB nominal de US$ 2,331 trilhões, enquanto o argentino é de US$ 604 bilhões.
Superioridade do Brasil
O Brasil apresenta um poderio militar expressivamente maior que o da Argentina, principalmente em termos de orçamento, efetivo e equipamento. A diferença começa no orçamento de defesa: o Brasil investe US$ 24,75 bilhões por ano, quase dez vezes mais que a Argentina, que gasta US$ 2,54 bilhões. Essa diferença de investimento se reflete no tamanho do contingente militar, com o Brasil possuindo 900 mil militares (ativos, reserva e paramilitares) contra 128 mil da Argentina.
Comparativo das forças terrestres
- Soldados: O Brasil conta com uma força militar muito maior. São 900 mil militares, incluindo reservistas, contra 128 mil na Argentina.
- Veículos e Artilharia: O exército brasileiro tem mais tanques (469 contra 348) e veículos blindados (44 mil contra 21 mil). Além disso, o Brasil tem vantagem em artilharia com 172 unidades auto-propulsadas, frente a 55 do país vizinho.
Força Aérea: vantagem brasileira
O Brasil possui 648 aeronaves, enquanto a Argentina conta com 229. O número de caças e aviões de ataque é um ponto crucial: o Brasil tem 113, comparado aos 24 da Argentina. Outro ponto curioso é que o Brasil possui cinco aeronaves AWACS, utilizadas para controle aéreo, enquanto a Argentina não tem nenhuma.
Marinha: Brasil navega na frente
Na área naval, o Brasil tem uma frota com 134 embarcações, bem à frente das 41 argentinas. O Brasil também se destaca por ter um porta-helicópteros e cinco submarinos, enquanto a Argentina possui apenas dois submarinos. No entanto, os argentinos lideram em corvetas e destróieres (9 e 4, respectivamente, contra 2 corvetas e nenhum destróier brasileiro).
Outro ponto curioso é o número de aeroportos disponíveis. A Argentina, com 916, está bem atrás do Brasil, que possui 4.093, mas ainda assim é um número relevante para o tamanho de sua população e território.
Curiosidades
Alguns números chamam a atenção por si só. O Brasil, por exemplo, possui um Porta-Helicópteros, uma embarcação que pode funcionar como base aérea móvel no mar, enquanto a Argentina não tem esse tipo de navio. Outro dado interessante é a diferença no número de pessoal paramilitar: o Brasil possui 200 mil pessoas nessa categoria, enquanto a Argentina tem apenas 20 mil.
Vale também destacar que nenhum dos dois países possui armas nucleares ou mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), uma tecnologia comum entre as maiores potências militares do mundo, como os Estados Unidos e a Rússia.
E você sabia que a Argentina não tem nenhum militar inativo, ao passo que o Brasil conta com 340 mil?
Resumo dos principais números:
- Orçamento de Defesa: Brasil (US$ 24,75 bilhões) vs Argentina (US$ 2,54 bilhões)
- Total de Militares: Brasil (900 mil) vs Argentina (128 mil)
- Tanques: Brasil (469) vs Argentina (348)
- Aeronaves: Brasil (648) vs Argentina (229)
- Submarinos: Brasil (5) vs Argentina (2)
- Corvetas: Brasil (2) vs Argentina (9)
O Brasil é amplamente superior à Argentina no comparativo de poder militar, com mais equipamentos, maior orçamento e força de trabalho muito mais robusta. No entanto, a Argentina ainda consegue se destacar em alguns pontos, como o número de destróieres e corvetas, além de manter uma força competitiva considerando suas limitações econômicas e demográficas. A discrepância, porém, não deixa dúvidas sobre a maior capacidade de defesa e combate do Brasil na região.