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Exército britânico é pequeno para guerra com a Rússia e não está preparado para apoiar a OTAN, diz relatório

Documento aponta que com apenas 72.500 soldados, Reino Unido não está preparado para apoiar a OTAN e enfrentar um conflito prolongado

por Sérvulo Pimentel
27/09/2024
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Um relatório alarmante da Câmara dos Lordes, divulgado nesta quinta-feira (26) pelo jornal britânico The Telegraph, revela que o Exército Britânico está com efetivo insuficiente para enfrentar uma guerra de grande escala, como um possível conflito com a Rússia. O documento, intitulado “Ucrânia: Um Chamado para o Despertar”, aponta que os atuais 72.500 soldados representam o menor número desde a era napoleônica e deixam o país vulnerável diante da crescente ameaça russa. Além disso, o Reino Unido teria dificuldades em apoiar seus aliados da OTAN, em especial nos Bálticos e na Europa Oriental.

Exército reduzido

Atualmente, o Exército Britânico conta com 72.500 soldados, o menor número desde a era napoleônica. Sob o governo conservador anterior, 10.000 soldados foram cortados das fileiras militares, o que, segundo o comitê, compromete a capacidade de resposta do país. O relatório critica diretamente a estrutura das Forças Armadas do Reino Unido, afirmando que elas carecem de “massa, resiliência e coerência interna” necessárias para manter uma postura dissuasória e enfrentar um conflito prolongado.

Para os parlamentares da Câmara dos Lordes, as atuais forças armadas foram estruturadas com base na crença de que os conflitos contemporâneos se resolveriam em semanas, e não em anos, como no caso da guerra na Ucrânia.

Falta de prontidão

O relatório alerta que o Reino Unido não está pronto para responder ao ambiente de ameaças globais intensificadas, especialmente em relação à Rússia. A invasão da Ucrânia expôs fraquezas tanto no poder militar do Reino Unido quanto da OTAN, segundo o documento. Apesar do compromisso britânico com a aliança militar, a capacidade de mobilizar uma divisão de combate em tempo hábil está seriamente comprometida, o que, para o comitê, pode colocar em risco a segurança da Europa.

“Não estamos preparados para responder ao ambiente de ameaças globais intensificadas e, em particular, para enfrentar a crescente ameaça da Rússia”, diz o relatório.

Essa falta de preparação não se limita às forças armadas. O relatório destaca que há também uma ausência de prontidão psicológica e de conscientização pública sobre os desafios que o país enfrenta em termos de defesa. A mentalidade de uma “Nação sob ameaça” está ausente no Reino Unido, segundo os parlamentares.

Mudança de mentalidade

Uma das soluções apontadas no relatório é a necessidade de uma mudança de mentalidade do povo britânico, que deve começar a se preparar psicologicamente para a possibilidade de uma guerra. O general Sir Patrick Sanders, ex-chefe do Exército, já havia alertado que, em caso de conflito, o público civil britânico poderia ser convocado para lutar, devido ao tamanho reduzido do exército. Essa mudança na mentalidade exigiria que os cidadãos comuns passassem a pensar mais como militares, prontos para defender o país em caso de necessidade.

O atual comandante do Exército, general Sir Roly Walker, reforçou esse ponto em um discurso recente, afirmando que “as nações vencem as guerras, não os exércitos”. Ele defendeu que toda a sociedade britânica precisa estar unida e envolvida na defesa nacional, de forma semelhante ao que ocorre em países como Finlândia e Suécia, onde a preparação para a guerra envolve tanto o exército quanto a população civil.

Nação sob ameaça

O conceito de “defesa total”, adotado por países escandinavos, foi citado no relatório como um modelo que o Reino Unido deveria seguir. Na Finlândia, por exemplo, o envolvimento civil na defesa é uma prática comum, e o país pode mobilizar rapidamente um grande número de tropas em caso de necessidade. Essa abordagem, onde toda a sociedade está engajada no planejamento e preparação para a guerra, é vista como um caminho para fortalecer a defesa britânica.

O relatório destaca que, além de uma força militar preparada, é crucial que o Reino Unido construa uma resiliência emocional e psicológica em sua população. A sociedade precisa entender que a defesa nacional não é apenas responsabilidade dos militares, mas de todos os cidadãos.

Baixa conscientização pública

Outra crítica feita pelo relatório é o baixo nível de conscientização do público britânico sobre a verdadeira situação da defesa do país. O documento afirma que a percepção pública está desconectada da realidade dos riscos que o Reino Unido enfrenta, e que a falta de uma “mentalidade de ameaça” torna o país mais vulnerável a crises globais.

O comitê sugeriu que o líder do Partido Trabalhista, Sir Keir Starmer, deveria desenvolver um plano para aumentar a conscientização pública sobre a importância da segurança nacional, indo além da ideia de que a defesa é exclusivamente responsabilidade das forças armadas. A integração de capacidades civis e a promoção do engajamento comunitário são algumas das medidas recomendadas para fortalecer a defesa nacional.

Impacto da guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia também afetou a capacidade de combate do Reino Unido. De acordo com um relatório recente do National Audit Office, o treinamento militar de soldados ucranianos no Reino Unido limitou os recursos para o treinamento das próprias tropas britânicas. Mais de 45.000 recrutas ucranianos participaram do programa de treinamento do Reino Unido, o que reduziu a disponibilidade de instalações para o exército britânico.

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