Aviadores da Marinha dos EUA que combateram os Houthis morrem em acidente com caça Growler nos Estados Unidos em missões de ataque de combate de um porta-aviões na batalha do Mar Vermelho
Duas aviadoras da Marinha dos EUA, que haviam retornado recentemente de missões de combate no Oriente Médio, morreram em um trágico acidente de caça no dia 15 de outubro. O avião de guerra EA-18G Growler, pilotado pela Tenente-Comandante Lyndsay Evans e pela Tenente Serena Wileman, caiu durante um voo de treinamento perto do Monte Rainier, em Washington. A informação foi divulgada pela Marinha dos EUA nesta segunda-feira (21).
Evans e Wileman eram pilotos experientes e haviam participado de várias operações contra os Houthis, rebeldes no Iêmen apoiados pelo Irã. De acordo com o Carrier Strike Group 2, elas eram “altamente qualificadas e condecoradas em combate”, e faziam parte do Esquadrão de Ataque Eletrônico 130, que opera o Growler, uma aeronave especializada em guerra eletrônica fabricada pela Boeing.
Missões no Oriente Médio
As aviadoras passaram nove meses a bordo do porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower, que liderou a maior parte da campanha da Marinha contra os Houthis entre o final de 2023 e o primeiro semestre de 2024. Durante esse período, Evans e Wileman participaram de várias missões de combate, inclusive ataques aéreos em território controlado pelos rebeldes.
Segundo a Marinha, elas desempenharam um papel fundamental na “defesa das rotas de navegação mercante” no Mar Vermelho, região frequentemente alvo de mísseis e drones lançados pelos Houthis. Os ataques aéreos tinham como alvo as capacidades militares dos rebeldes, incluindo lançadores de mísseis, armas e instalações de armazenamento.
Condecorações e legado
Evans, apelidada de “Miley”, foi condecorada com duas Medalhas Aéreas de Ação Única por ataques em janeiro e três Medalhas Aéreas de Voo de Ataque por missões realizadas entre dezembro e março. A Marinha destacou seu papel pioneiro no desenvolvimento de novas táticas para o uso do EA-18G Growler, que “contribuíram diretamente para a defesa bem-sucedida de todo o grupo de ataque”.
Wileman, conhecida como “Dug”, também foi altamente condecorada, recebendo três Medalhas Aéreas de Voo de Ataque por missões entre dezembro e abril. Ela foi elogiada por seu “comportamento calmo e controlado sob pressão” durante operações de combate, que ajudaram a garantir o sucesso das missões.
Em nota, a Marinha afirmou que ambas as aviadoras “se destacaram em operações de combate” e que “seus esforços contribuíram diretamente para a missão de manter os mares abertos e livres”. As táticas desenvolvidas por Evans e Wileman servirão como modelo para futuras operações, consolidando o legado de duas mulheres que “fizeram história e inspirarão futuras gerações de aviadores da Marinha”.
Com informações de Business Insider.