A Justiça Militar aceitou a denúncia contra mais dois civis envolvidos no roubo e na venda ilegal de armas do Arsenal de Guerra de Barueri, em São Paulo. O caso envolve o sumiço de 21 metralhadoras, sendo 13 de calibre .50 e 8 de calibre 7,62 mm, roubadas em setembro de 2023. A denúncia faz parte de um escândalo que já levou à prisão de vários militares e civis.
A Procuradoria Militar pediu, e o juiz aceitou, a prisão preventiva de um dos novos acusados. Com essa nova ação, a investigação, que já tinha 9 pessoas denunciadas – entre militares e civis –, ganha novos capítulos. Até agora, cinco acusados estão presos preventivamente e um segue foragido.
O Exército percebeu o sumiço das metralhadoras durante uma inspeção no Arsenal de Barueri, em outubro de 2023. A partir daí, um inquérito foi aberto pelo Comando Militar do Sudeste, onde foi constatada uma falha dos militares em proteger o armamento. Eles foram acusados de negligência por não terem notado o desaparecimento imediato das armas.
Em fevereiro de 2024, a Justiça Militar decretou a prisão preventiva de dois militares envolvidos no furto, mas os nomes e patentes dos suspeitos não foram revelados. Se condenados, eles podem ser expulsos do Exército e pegar até 50 anos de prisão.
Até o momento, 19 das 21 metralhadoras roubadas foram recuperadas. As duas restantes ainda estão sendo procuradas. Segundo o Exército, essas armas estavam em mau estado e seriam destruídas.