A Aeronáutica tem uma coleção completa de relatos de aparições de OVNIs (Objetos Voadores Não Identificados) e contato com extraterrestres em solo brasileiro que datam desde 1952. Os mais recentes são de 2023 e somam 30 documentos, principalmente de pilotos de aeronaves.
Em um dos relatos, que data de 21 de janeiro de 2023, o responsável por preencher a ficha de controle de tráfego do Comando da Aeronáutica diz que foram avistados de 4 a 5 OVNIs por pelo menos 40 minutos na região de Ilha Comprida (SP) em direção ao mar. A visualização terminou em Navegantes (SC).
O respondente diz que existe prova física do avistamento (vídeo) e que a luz emitida pelos objetos eram brancas e fortes. Segundo ele, a intensidade variava, mas a velocidade era sempre muito rápida. Já o movimento do objeto foi relatado como circular sempre de oeste para leste e sem emissão de som.
“O espanto foi em decorrência das luzes/movimentação dos objetos não corresponderem a um satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido”, afirma.
Apesar dos relatos mais sóbrios e contemporâneos dos pilotos, no arquivo também há depoimentos antigos e minimamente excêntricos. Em um relato que data de 1º de outubro de 1968, um guarda noturno diz que viu 3 alienígenas à noite e decide lutar com eles, armado de um conduíte.
O final não foi feliz. O guarda teria apanhado dos ETs e ainda foi xingado, em português: “vá embora seu vagabundo”. Após dar a surra no humano, os extraterrestres foram embora em uma nave azul clara.
Ao longo do tempo também houveram relatos de uma funcionária de um sanatório que ofereceu água aos visitantes de outro planeta e um advogado abduzido por seres que saíram do mar vestidos de macacão verde e fazendo uso de comunicação telepática.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo, antigamente os testemunhos eram publicados na imprensa e depois colhidos por militares, que às vezes até mesmo iniciavam operações para investigar os fenômenos.
Foi o caso da Operação Prato. Dossiê secreto no arquivo do Serviço Nacional de Informações (SNI), o poderoso aparato de espionagem da ditadura militar, confirma que inúmeras histórias levaram militares do 1º Comando Aéreo Regional até a cidade de Colares (PA) em 1977.
Segundo o SNI, na cidade, assim que chegava a noite, a população fazia procissão, acendia fogueira e soltava foguetes pra afugentar um bicho que emitia foco de luz intenso deixando as vítimas inertes, trêmulas e com voz presa. O mesmo bicho também era sanguessuga. Nos homens sugava o pescoço. Nas mulheres os seios.
Os militares, segundo o relatório da missão, chegam a registrar o avistamento de luzes, mas não há conclusões.
Foram justamente esses acontecimentos que levaram os militares a instituir formalmente uma política de estado capaz de reunir e catalogar os relatos, que antes ficavam espalhados nas mais diversas instituições.
Hoje, para acessar os documentos, basta acessar a página do Sian (Sistema de Informação do Arquivo Nacional) fazer um cadastro ou usar seu login do gov.br. No campo Fundo, digite a sigla BR DFANBSB ARX e clique em pesquisar. Os arquivos podem ser conferidos online ou baixados em PDF.
Outra forma mais fácil é acessar esse link do Google.