A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, por meio de suas redes sociais, rebateu o editorial do Jornal Folha de São Paulo que trata sobre o crescimento do funcionalismo e o “inchaço” da máquina pública, afirmando que a reforma administrativa já está acontecendo.
“O editorial da Folha de S. Paulo, publicado em 2 de outubro, erra ao sugerir que o funcionalismo público federal está crescendo sem uma Reforma Administrativa e ao sugerir a ideia de um “inchaço” da máquina pública”, disse.
Já o editorial do jornal menciona que houve um incremento no funcionalismo de cerca de 72 mil novos servidores.
“No governo federal, a ampliação do quadro de pessoal é esperada sob Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dadas afinidades de seu partido com corporações estatais. Os números, que incluem servidores estatutários, militares, celetistas e até informais, apontam incremento de 72 mil, para um total pouco acima de 1,7 milhão. É normal que haja alguma imprecisão nas cifras, baseadas em uma pesquisa amostral. A tendência, de todo modo, mostra riscos de agravamento de distorções do serviço público nacional.”
O jornal afirma ainda que os salários oferecidos e a estabilidade “exagerada” no emprego acabam resultando em um encarecimento no quadro de servidores e também a redução da produtividade. O editorial argumenta ainda que muitos estados e municípios tem optado pela contratação de celetistas e até mesmo de profissionais sem carteira assinada.
“Reformas que viabilizem demissões por ineficiência, facilitem o remanejamento de funcionários e fixem remunerações compatíveis com as do mercado de trabalho deveriam preceder novas contratações”, finaliza o editorial.
Reforma administrativa
A ministra, por sua vez, disse em redes sociais, de que a reforma administrativa já está acontecendo. “É necessário enfatizar que a Reforma Administrativa do governo federal, um projeto de transformação do Estado, já está em andamento com foco na melhoria e inovação dos serviços públicos prestados à população”.
Um dos pontos da reforma administrativa apontados pela ministra é a harmonização das carreiras, que serão alongadas.
“O servidor levará mais tempo para atingir o topo salarial, resultando em uma gestão do desempenho mais sustentável e eficiente. Até o final de 2022, apenas 31% das carreiras contavam com 20 níveis até o topo, número que saltará para 82% em 2025. Isso aconteceu no âmbito das Mesas de Negociação, onde o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) fechou acordo com mais de 98% dos servidores federais”, disse Dweck.