Um estudo chocante da Talk Inc, divulgado pela CNN, revelou que 1 em cada 10 brasileiros está trocando o consultório médico ou psicológico pela conversa com um robô. Sim, você leu certo: estamos falando de terapia com inteligência artificial! A pesquisa, que ouviu 1.000 pessoas maiores de 18 anos de diversas regiões e classes sociais, destacou o aumento do uso dessas ferramentas para desabafar e buscar conselhos.
Essa prática tem se expandido rapidamente no país, refletindo um problema maior de saúde mental. Segundo o estudo, a solidão e a falta de tempo para interações significativas estão entre os principais motivos que levam as pessoas a recorrer às IAs.
E não para por aí! A coisa está tão séria que já tem gente se apaixonando por essas “máquinas” e até casando com elas! É isso mesmo que você está pensando: namoros e casamentos com robôs virtuais! Parece coisa de filme de ficção científica, mas a realidade é essa!
A IA como companhia e terapeuta
De acordo com Carla Mayumi, sócia da Talk Inc, essa busca por chatbots revela uma crise social de isolamento. Muitos brasileiros, mesmo rodeados por familiares ou amigos, relatam sentir-se sozinhos e desamparados. Isso gera uma procura por alguém que esteja disponível 24 horas, sem julgamentos – papel que a inteligência artificial tem assumido cada vez mais.
A pesquisa da Talk Inc também revela que 60% dos usuários de chatbots tratam as IAs como se fossem pessoas reais, com expressões de cortesia como “Oi, tudo bem com você?” e “muito obrigado”. Esse comportamento aponta para uma crescente dependência emocional das ferramentas tecnológicas.
Namoros e casamentos com IAs?
Um dos pontos mais intrigantes revelados pelo estudo foi o surgimento de “relacionamentos” com inteligências artificiais. Segundo Tina Brand, cofundadora da Talk Inc, apesar de raros, já há relatos de pessoas que desenvolveram sentimentos amorosos por programas de IA. “O afeto artificial é uma tendência que precisamos monitorar com atenção nos próximos anos”, alerta Brand.
Esses casos, ainda que incomuns, evidenciam a fragilidade emocional de alguns usuários, que acabam buscando nas máquinas uma resposta para suas necessidades afetivas. Com o avanço da tecnologia, como o novo modo de voz natural da OpenAI, o risco de dependência emocional só aumenta.
Perigos e limitações dos chatbots terapêuticos
Embora os chatbots tenham vantagens, como a disponibilidade instantânea e a ausência de julgamento, eles também apresentam riscos. Relatórios apontam que, em situações delicadas, as respostas podem ser inadequadas ou perigosas. Casos extremos de falhas em aconselhamentos sobre abuso sexual ou pensamentos suicidas já foram registrados, destacando as limitações dessas ferramentas.
Especialistas reforçam que, embora os chatbots possam oferecer suporte básico, eles não substituem a necessidade de acompanhamento profissional. A própria OpenAI expressou preocupação com o uso excessivo de suas ferramentas como única forma de interação social.
Solidão como problema global
A crescente utilização de IAs para terapias também reflete a crise global de solidão. Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que quase 25% dos adultos ao redor do mundo se sentem solitários. No Brasil, esse quadro é agravado pelo custo elevado dos tratamentos psicológicos, o que torna os chatbots uma alternativa acessível.