O Submarino Tonelero (S42) passou por sua primeira imersão estática na última sexta-feira, 25 de outubro, e o resultado foi considerado satisfatório. O teste aconteceu nas proximidades da Ilha de Itacuruçá, no Rio de Janeiro, para verificar a estabilidade do S42 no mar, seja em superfície ou imersão. As informações são da Marinha do Brasil.
Com a finalização bem-sucedida do teste, o Tonelero pode seguir para as novas etapas, que são testes no cais e no mar. Tudo correndo bem, o equipamento será incorporado definitivamente ao setor operativo da Marinha do Brasil.
O comandante do Tonelero, Capitão de Fragata Eduardo Tavares Santos, atribuiu o sucesso à fase de treinamento em simuladores e revelou também os próximos passos.
“Espera-se que os testes na superfície sejam conduzidos ainda neste ano, como última etapa antes da Imersão Dinâmica, seguida pela realização da primeira carga de baterias em imersão [com uso de esnórquel para entrada de ar sem que haja a necessidade do submarino vir à superfície para renová-lo] e pela Imersão à Grande Profundidade, onde serão analisados os parâmetros estruturais do casco do submarino”.
O Tonelero é o terceiro dos submarinos convencionais com propulsão diesel-elétrica construído totalmente no Brasil, no escopo do Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos). Além dele, já foram prontificados os submarinos Riachuelo (S40) e Humaitá (S41). Também está prevista a entrega do Angostura (S43), que agora se chamará Almirante Karam, em homenagem ao ex-ministro da Marinha falecido em setembro, o Álvaro Alberto, primeiro submarino nuclear convencionalmente armado do país.
Como funciona a imersão estática?
Segundo a Marinha, o processo consiste na introdução de água, de forma controlada, nos tanques de lastro do submarino até a sua imersão completa, sem o uso de motores.
Com o submarino mergulhado, utilizando movimentações de pesos posicionados ao longo da embarcação, é observada a resposta da plataforma em termos de ângulos de inclinação crescentes. Daí, é possível obter os parâmetros de estabilidade transversal e longitudinal.
Na testagem, ainda é verificado o volume de água nos tanques internos de compensação e de trimagem. As análises permitem determinar com precisão o deslocamento do submarino na condição de imersão.
Futuramente, outros sistemas e equipamentos serão instalados e comissionados e outra imersão estática será realizada, prevista para o final do processo construtivo.