A produção e venda de veículos elétricos (EVs) estão em queda, apesar do crescimento recente e da popularidade dos modelos movidos a eletricidade. No Reino Unido, a produção de EVs caiu 25% em agosto de 2024, de acordo com dados da indústria. A fabricante Jaguar Land Rover (JLR) aponta a necessidade urgente de tornar a compra e a propriedade de carros elétricos mais atraentes para os consumidores.
O principal desafio para os EVs é a falta de infraestrutura adequada, como pontos de recarga rápida em rodovias e locais públicos. Além disso, diferentemente dos motores de combustão interna, que podem ser adaptados para o uso de hidrogênio, os EVs exigem tecnologia própria, o que encarece sua produção e manutenção.
O governo britânico estabeleceu uma meta ambiciosa: até 2035, a venda de carros movidos a combustíveis fósseis será proibida. A data inicial era 2030, mas o prazo foi estendido pelo primeiro-ministro Rishi Sunak. Para incentivar a transição, o governo planeja reduzir impostos sobre veículos elétricos, mas o desafio da infraestrutura permanece.
Enquanto a Noruega lidera o uso de EVs, com quase 30% da frota total sendo plug-in elétricos, países como o Nepal também se destacam, com 83% das novas vendas de carros sendo elétricos. O sucesso no Nepal está relacionado ao uso de energia renovável e investimentos em infraestrutura.
Nos Estados Unidos, as vendas de EVs cresceram 25% no primeiro trimestre de 2024, e o governo de Joe Biden projeta que metade dos carros vendidos no país até 2030 será elétrica ou híbrida. No entanto, nações em desenvolvimento continuam fora dessa revolução devido à falta de infraestrutura e ao custo elevado.
Especialistas alertam que, para evitar o descarte em massa de carros a combustão em países em desenvolvimento, é necessário criar modelos de EVs mais acessíveis. Isso ajudaria a garantir que a transição global para a eletricidade não seja restrita apenas a países ricos.
Com informações de: Ecoticias