Um documento estratégico divulgado pelo governo dos Estados Unidos, intitulado “Rules Committee Print 118-52 text of the House Amendment to the Senate Amendment to H.R. 5009”, destacou a urgente necessidade de ampliar e modernizar os estoques de mísseis ar-ar do país. Publicado em 7 de dezembro, o documento de 1.813 páginas aborda, entre outras questões, o preparo militar norte-americano para um possível conflito contra a China.
O texto estabelece o ano de 2029 como prazo para a conclusão das aquisições de novos mísseis ar-ar, com foco na proteção das operações conduzidas pelo Comando Indo-Pacífico dos Estados Unidos (USINDOPACOM). A proposta inclui também o uso desses armamentos em sistemas de defesa terra-ar e como parte do arsenal de plataformas aéreas de combate colaborativo, reforçando a capacidade estratégica do país na região.
Entre os modelos prioritários citados, está o AIM-120 AMRAAM (Advanced Medium Range Air-to-Air Missile), que deve receber melhorias para ampliar seu alcance e letalidade. A ideia é que esses mísseis possam ser lançados de plataformas aéreas a distâncias maiores, garantindo maior eficácia em potenciais confrontos. Além disso, a estratégia inclui o desenvolvimento de outros modelos avançados, como o AIM-260 JATM (Joint Advanced Tactical Missile) e as últimas variantes do AIM-9 Sidewinder.
O documento também menciona o emprego dos mísseis AIM-174B pela U.S. Navy, uma variante do RIM-174 Standard ERAM adaptada para os caças F/A-18E/F Super Hornet. Sob a designação naval SM-6, esse armamento já é utilizado por destróieres americanos para interceptar mísseis balísticos e hipersônicos, destacando sua versatilidade e eficiência em diferentes cenários de combate.
O Congresso norte-americano exigiu que a Força Aérea (USAF) e a Marinha (U.S. Navy) apresentem, até abril de 2025, um plano conjunto detalhando como avançar no fortalecimento dos estoques e na modernização dos mísseis ar-ar. Essa iniciativa reflete o compromisso de longo prazo em manter a superioridade aérea dos Estados Unidos, especialmente em um contexto de crescente tensão geopolítica com a China.
Um dos pontos mais relevantes levantados pelo documento é a necessidade de um planejamento estratégico de compras dinâmicas multianuais. Essa abordagem visa garantir que os estoques não apenas atendam às demandas atuais, mas também estejam preparados para reposições rápidas em caso de conflito, dado o alto consumo de mísseis durante operações de combate.
Ao reforçar sua capacidade militar, os Estados Unidos enviam um recado direto a países como a China, demonstrando o avanço de seu poderio bélico e sua prontidão para atuar em cenários críticos. A estratégia também serve de alerta para outras nações sobre a importância de manter arsenais bem equipados, atualizados e adaptados às novas exigências tecnológicas.
Com o avanço das tensões no Indo-Pacífico, o esforço dos Estados Unidos para ampliar sua capacidade de defesa aérea reforça a competitividade global no setor militar. Ações como essa são essenciais para garantir a segurança de suas operações e dissuadir possíveis ameaças à estabilidade internacional.
Com informações de: Defensa