A indústria de defesa brasileira está ganhando destaque no cenário internacional com os investimentos do grupo árabe EDGE, que inaugurou seu escritório no Brasil em abril de 2023. Em pouco mais de um ano e meio, cerca de R$ 3 bilhões foram aplicados no país, consolidando parcerias estratégicas e expandindo sua atuação no mercado de defesa e segurança.
Com apenas cinco anos de existência, o EDGE já se tornou uma referência global. A estatal possui um portfólio que cresceu 550%, passando de 30 para 201 produtos, incluindo drones, mísseis inteligentes, veículos aéreos e marítimos, munições e armas não letais. A companhia opera atualmente em 91 países e registra uma receita anual de US$ 4,9 bilhões (aproximadamente R$ 29,4 bilhões).
O escritório brasileiro do EDGE é o primeiro da holding fora dos Emirados Árabes Unidos. Essa decisão estratégica reflete a importância do mercado brasileiro e das capacidades tecnológicas locais. Entre os investimentos mais relevantes estão a aquisição de participação na Condor, especializada em armas não letais, e na SIATT, focada em armas inteligentes e sistemas de defesa.
A presença do grupo no Brasil fortalece o setor militar nacional, permitindo a troca de conhecimentos tecnológicos e o desenvolvimento de novas soluções estratégicas. Os investimentos visam impulsionar a produção local e expandir a oferta de equipamentos de alta tecnologia, beneficiando tanto as forças armadas quanto o mercado de exportação.
Entre os projetos ambiciosos do EDGE, destacam-se colaborações com a Marinha Angolana e a ampliação da presença na África, sul da Ásia e América Latina. O grupo também planeja expandir sua atuação no Brasil para o setor de segurança pública, mirando mercados em São Paulo e outros estados.
A aposta do EDGE no Brasil destaca o potencial do país como polo estratégico para inovação e produção militar. Além de gerar empregos qualificados, o investimento promete modernizar o setor e consolidar parcerias internacionais para o desenvolvimento de tecnologias de última geração.
Nos próximos anos, o EDGE pretende manter o ritmo de aportes e explorar novas oportunidades na América do Sul. A expansão reforça a posição do Brasil como protagonista no cenário global de defesa e segurança, impulsionando o crescimento do setor e ampliando sua competitividade internacional.