Jatos furtivos britânicos F-35 enfrentaram os avançados caças americanos, incluindo variantes do F-35 e F/A-18 Super Hornet, em uma batalha simulada de alta intensidade durante o exercício Gray Flag, realizado pela Marinha dos EUA na costa de Los Angeles. O evento, que busca expandir os limites da guerra moderna e fortalecer a colaboração entre aliados da OTAN, reuniu mais de 3.000 militares, incluindo 60 tripulantes britânicos da Marinha Real e da RAF.
Tecnologia e cooperação no campo de batalha
O Gray Flag, realizado em setembro de 2024, ocorreu em Point Mugu, uma vasta área de treinamento que cobre 36.000 milhas quadradas de espaço aéreo e marítimo — mais de quatro vezes o tamanho do País de Gales. Ao longo de duas semanas, 600 missões e 60 testes foram conduzidos, avaliando mais de 26 sistemas avançados de aeronaves, sensores e armas. Destaque especial foi dado à integração do novo míssil AIM-120D AMRAAM, capaz de atingir alvos aéreos a até 160 quilômetros.

Durante o exercício, os caças britânicos e americanos não apenas trabalharam juntos, mas também se enfrentaram em simulações que testaram o limite das capacidades táticas e tecnológicas de ambas as forças. A colaboração também incluiu o desenvolvimento de táticas conjuntas com aliados australianos, consolidando a interoperabilidade do F-35 como caça de quinta geração.
“Além de provar ser extremamente útil para o desenvolvimento de futuras operações do F-35, tanto individualmente quanto em conjunto para as formações e nações participantes, houve algum tempo de inatividade para alguns dos 3.000 funcionários que participaram de atividades esportivas como vôlei e stand up paddle, cornhole (jogar sacos de feijão através de um buraco em uma prancha), além de um churrasco na praia”, diz o comunicado da Marinha Real Britânica.
Liderança britânica e legado histórico
O 17º Esquadrão de Avaliação Tática (17 TES), uma força mista da RAF e da Marinha Real, desempenhou um papel-chave no evento. Liderado pelo Comandante Stephen Collins, conhecido pelo indicativo “Lothar” e primeiro britânico a participar do curso “Top Gun” da Marinha dos EUA, o esquadrão também atua na Base Aérea de Edwards. É lá que a Equipe de Teste Operacional Unida, composta por britânicos, americanos e australianos, desenvolve sensores, software e kits para garantir que o F-35 permaneça à frente de ameaças emergentes.
A troca de liderança no 17 TES foi marcada por uma cerimônia simbólica: em vez de um aperto de mãos tradicional, o controle foi passado em pleno voo supersônico, no espaço aéreo de Edwards.
Impactos do Gray Flag
O Gray Flag é considerado um dos principais eventos de avaliação militar multidomínio, oferecendo um ambiente realista e controlado para simulações complexas. Além de avançar o desenvolvimento de táticas e operações conjuntas, o exercício também serviu para fortalecer laços entre as forças participantes, com atividades recreativas como vôlei, stand-up paddle e churrascos na praia.
Os resultados detalhados do evento fornecerão insights cruciais para moldar futuras estratégias de combate aéreo e garantir a superioridade tecnológica e operacional dos aliados da OTAN em um cenário global cada vez mais desafiador.
Fonte: Eurasian Times