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Militares para capina ou para o combate? Por que o Exército Brasileiro tem fama de formar capinadores e faxineiros ao invés de combatentes? Os desafios que moldam a imagem das Forças Armadas

Em diversas redes sociais, internautas refletem sobre os desafios enfrentados pelo Exército Brasileiro e os fatores que perpetuam essa fama negativa

por Rafael Cavacchini
02/01/2025
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Mito ou realidade? A fama de 'capinadores' no Exército Brasileiro.

Mito ou realidade? A fama de 'capinadores' no Exército Brasileiro. Foto: Reprodução / Internet

Capinadores ou combatentes? Essa questão é levantada diversas vezes pelo Brasil afora. Em diversas redes sociais, os internautas e entusiastas militares refletem sobre os desafios enfrentados pelo Exército Brasileiro e os fatores que perpetuam essa fama negativa. A seguir, apresentamos os principais pontos encontrados pela Revista Sociedade Militar, explicando a origem dessa reputação.

1. O sistema de instrução: eficiente na teoria, falho na prática

De acordo com especialistas, o sistema de instrução do Exército é extremamente bem planejado no papel. No entanto enfrenta sérias dificuldades em sua execução. Entre os principais problemas, estão:

  • Material sucateado: Equipamentos são reutilizados até a exaustão, comprometendo a qualidade das atividades.
  • Falta de efetivo: Poucos instrutores capacitados e motivados dificultam o treinamento adequado dos soldados.
  • Desconexão com a realidade brasileira: Muitos manuais são traduções diretas da doutrina americana, sem adaptação às especificidades culturais, econômicas e geográficas do Brasil.

Essa combinação faz com que as lições ensinadas em escolas de formação, como a AMAN e a ESA, raramente sejam aplicáveis nos quartéis. O contraste entre o “Exército que funciona” apresentado durante a formação e a realidade enfrentada nos batalhões desmotiva os jovens militares.

2. Conservadorismo e “mania de manual”

Outro ponto crítico é o conservadorismo presente nas Forças Armadas brasileiras. De acordo com alguns militares, os altos comandantes frequentemente resistem a mudanças. Além disso, os comandantes estariam insistindo em práticas obsoletas que datam da década de 1960. Essa cultura de seguir portarias e manuais à risca, sem espaço para inovação, estagna o progresso da instituição.

Além disso, a hierarquia rígida impede reivindicações ou questionamentos por parte dos subordinados. Como resultado, mesmo os militares mais “modernos” acabam se conformando e reproduzindo práticas ultrapassadas.

3. Problemas estruturais e econômicos

A falta de investimento também é uma barreira significativa. Alguns especialistas apontam que os recursos destinados ao Exército são insuficientes para atender às demandas:

  1. Equipamentos antigos: Armas como o FAL belga, apesar de eficientes, estão em uso há décadas sem substituição adequada.
  2. Sobrecarga de missões: Além de defender o território nacional, o Exército frequentemente assume responsabilidades que deveriam ser de outras instituições, como a segurança pública.
  3. Falta de pessoal: A escassez de sargentos e tenentes compromete o treinamento e a supervisão dos soldados.

A questão da reputação

Diante desse cenário, muitos soldados deixam o Exército após o período obrigatório de um ano sem qualificações úteis, seja para a carreira militar ou para o mercado civil. Aqueles que permanecem enfrentam tarefas repetitivas, como faxina e serviço de sentinela, que reforçam a imagem negativa da instituição.

No entanto, reconhecidamente, há exceções: militares que se destacam, superam as adversidades e se tornam sobretudo profissionais exemplares.

De acordo com especialistas, a má fama das Forças Armadas no Brasil e, principalmente, do Exército Brasileiro, se agravou com o golpe de 1964. No entanto, a instituição atual não deve ser julgada pelos erros do passado. Isso é especialmente verdade diante da abordagem parcial de muitos veículos de comunicação e livros de história.


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