A política internacional do governo Lula enfrenta um dilema que pode redefinir o futuro geopolítico do Brasil. Segundo o site Defesanet, uma guerra contra o regime de Nicolás Maduro, na Venezuela, está prestes a eclodir, e o envolvimento do Brasil nesse conflito seria “inevitável”.
Essa perspectiva insere-se em um cenário de rearranjo internacional impulsionado pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, cuja política externa contrasta diretamente com as diretrizes adotadas pelo acordão “Lula – Moraes – Consórcio Imprensa – Sistema Financeiro“, descritas como “anacrônicas e incapazes de entender e alinhar o país frente aos desafios presentes e futuros”.
EUA e Venezuela: A contagem regressiva para um confronto armado
De acordo com as “Notas Estratégicas” publicadas pelo Defesanet, há um risco crescente de intervenção militar na Venezuela, com Trump liderando uma coalizão regional contra o regime de Maduro. “A destruição do Regime Venezuelano também busca cortar o fornecimento de petróleo barato à China”, destaca o site, sugerindo que uma eventual ação armada contra Caracas teria o apoio de nações sul-americanas. Para o Brasil, isso representaria um ponto de ruptura, obrigando o governo de Lula a escolher um lado, mesmo que isso vá contra sua posição atual.
Vale lembrar que, já em 2017, Trump ameaçou intervir militarmente no país vizinho para derrubar Maduro, conforme averiguado pelo site Aos Fatos, rebatendo declarações que atribuem erroneamente o vídeo a eventos recentes. Embora a medida não tenha sido efetivada, agora, com a iminente posse de Trump para um novo mandato, esse cenário ganha contornos mais concretos.
Política externa em xeque: um alinhamento inevitável?
Para o Defesanet, a política externa brasileira liderada por Lula e articulada por Celso Amorim “enfrenta um dilema existencial”. A tentativa de reforçar os BRICS como uma aliança anti-ocidental e o apoio declarado à Rússia em detrimento da Ucrânia são apontados como fatores que distanciam o Brasil das mesas de negociação internacionais. Segundo o site, “as portas do mundo civilizado vão se fechar” caso Brasília não alinhe suas prioridades estratégicas com as de Washington.

O texto traça um paralelo histórico, afirmando que Lula se encontra em situação semelhante à de Getúlio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial. Assim como Vargas precisou abandonar flertes com o Eixo e aliar-se aos Aliados, o atual governo brasileiro teria de optar por um alinhamento com os Estados Unidos liderados por Trump.
Defesa e o papel do Brasil no conflito
Além das pressões diplomáticas, há também impactos significativos para a indústria de defesa brasileira. O Defesanet aponta para um “risco duplo”, com possíveis embargos tecnológicos por parte dos Estados Unidos, somados ao já existente bloqueio da Alemanha. Isso ameaça projetos estratégicos das Forças Armadas, como o caça Gripen, cujo motor é fabricado nos EUA.
O site ressalta ainda o desconforto gerado pelo rearmamento argentino, liderado pelo presidente Javier Milei, que busca antagonizar Lula na região. “O rearmamento da Argentina gera desconforto e desconfiança nas Forças Armadas”, observa a publicação, alertando que a crise entre os dois países pode se aprofundar sob as tensões regionais.
O futuro incerto do Brasil no cenário internacional
Com a iminência de um conflito na Venezuela e a crescente polarização política na América do Sul, o Brasil encontra-se em uma encruzilhada estratégica. Para o Defesanet, o governo Lula precisará tomar decisões que definirão seu papel no cenário global nos próximos anos.
Enquanto isso, a contagem regressiva segue: “Maduro será abandonado pela Rússia e China igual Assad e todos os outros ditadores. Tic tac, tic tac.”