O Pentágono e a Lockheed Martin firmaram um acordo preliminar de até US$ 11,8 bilhões para a aquisição de 145 caças F-35, segundo a Air & Space Forces Magazine. Apesar do montante bilionário e da continuidade do programa, Elon Musk, agora co-presidente da Comissão de Eficiência Governamental do governo norte-americano, criticou publicamente o projeto, defendendo que os recursos sejam redirecionados para o desenvolvimento de drones não tripulados, considerados por ele o futuro da aviação militar.
O contrato, anunciado em 20 de dezembro pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, prevê a entrega das aeronaves até junho de 2027, com um custo médio de US$ 81,1 milhões por unidade para as três variantes do F-35. No entanto, o acordo ainda não é definitivo e terá detalhes finais ajustados até a primavera de 2025. O modelo adotado permite que a Lockheed Martin mantenha a produção ativa enquanto as negociações continuam.
Entre os 145 jatos previstos, estão 48 F-35A destinados à Força Aérea dos EUA, 16 F-35B e 5 F-35C para o Corpo de Fuzileiros Navais, e 14 F-35C para a Marinha. Além disso, países parceiros do programa receberão 15 F-35A e 1 F-35B, enquanto clientes de Vendas Militares ao Exterior terão 39 F-35A e 7 F-35B. Os custos específicos por tipo de aeronave e serviço não foram divulgados.

Para a Lockheed Martin, o acordo é crucial, pois assegura a continuidade da produção do F-35, evitando interrupções que poderiam afetar cronogramas e custos. Contudo, a negociação ocorre em um momento de transição política nos Estados Unidos, com a iminente mudança de administração presidencial. Enquanto o presidente eleito Donald Trump demonstrou apoio ao programa e os republicanos defendem aumento nos gastos militares, as críticas de Musk ao F-35 criam tensão dentro do próprio governo.
Musk, que assumiu um papel de destaque na Comissão de Eficiência Governamental, argumenta que aeronaves tripuladas estão se tornando obsoletas e que o foco deve ser em drones, considerados mais eficazes, econômicos e adaptados às necessidades das guerras futuras. Suas declarações acenderam debates no cenário político e militar, com reações tanto favoráveis quanto contrárias à sua visão.