O Exército Brasileiro afirmou que tem mais de 19 mil militares para cuidar de 9.762 km de fronteira com Peru, Colômbia, Guiana e Venezuela, o que dá em média 1 militar para cada meio quilômetro (500 metros).
A informação é do Comando Militar da Amazônia (CMA) e foi publicada nesta segunda-feira, 27 de janeiro, após o General de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, chefe da região, ter divulgado os resultados das principais ações do CMA ao longo de 2024 em uma coletiva de imprensa realizada no último dia 22 de janeiro.
O Comando Militar da Amazônia, que engloba os Estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre, é responsável por 62% das fronteiras terrestres do Brasil, divididos em 63 Organizações Militares e 23 Pelotões Especiais de Fronteira. Segundo Costa Neves, ao longo de 2024 o CMA empregou diariamente cerca de 1.420 militares em uma média de 35 operações por dia, em atividades como segurança territorial, combate a ilícitos transfronteiriços, apoio humanitário e ações ambientais.
O regime de Maduro, particularmente, tem feito provocações nos últimos tempos ao presidente Lula e às Forças Armadas Brasileiras, como, por exemplo, no episódio do adentramento de viaturas militares em alguns metros do território brasileiro no dia 23 de janeiro, durante um exercício militar na Venezuela batizado de Escudo Bolivariano.
Especialistas defendem que as Forças Brasileiras são muito superiores às da Venezuela, apesar de não acreditarem numa guerra. Mas a cúpula do Exército, Aeronáutica e Marinha deseja melhorar a prontidão dos militares e blindados na região. No final de 2023, quando Maduro passou a ameaçar invadir a Guiana, o que poderia ser feito via terra por Roraima, os blindados do Exército demoraram um mês para desembarcar na localidade.