A Holanda deu um passo significativo para modernizar sua frota naval ao firmar um contrato com o Naval Group para a construção de quatro submarinos da classe Barracuda. Este acordo histórico, oficializado em Den Helder, marca o início do programa Orka, que substituirá os antigos submarinos da classe Walrus da Marinha Real dos Países Baixos. Com foco em tecnologia de ponta e operações de longa duração, os novos submarinos fortalecerão a defesa e a presença estratégica do país.
Além de garantir capacidades avançadas, o programa também prioriza a integração da indústria marítima holandesa, promovendo cooperação e desenvolvimento local. Essa parceria estratégica reforça a autonomia da Holanda e sua contribuição para as operações da OTAN e a segurança em águas internacionais.
Evento marcou o início oficial do programa da classe Orka
O acordo, oficializado pelo Secretário de Estado da Defesa holandês, Gijs Tuinman, e pelo CEO do Naval Group, Pierre Eric Pommellet, ocorreu na sede da Diretoria de Manutenção de Material (DMI), em Den Helder. O evento marcou o início oficial do programa da classe Orka, que substituirá os antigos submarinos da classe Walrus da Marinha Real dos Países Baixos.
Escolha estratégica e impacto industrial oferecem a melhor solução para as capacidades dos submarinos do futuro
O contrato foi firmado após um criterioso processo de avaliação e concorrência conduzido pelo Comando de Materiais e TI (COMMIT). Durante o processo, concluiu-se que os submarinos da classe Orka ofereciam a melhor solução para as capacidades submarinas futuras do país. O programa reforçará a autonomia estratégica da Holanda e ampliará a cooperação entre a indústria marítima local e o Naval Group, especialmente no desenvolvimento e na manutenção dos sistemas submarinos ao longo das próximas duas décadas.
TKMS apresentou um projeto baseado nos submarinos das classes Type 212/214
Antes de selecionar o Naval Group, o governo holandês avaliou detalhadamente as propostas de duas outras empresas: a alemã TKMS e a sueca Saab Kockums.
A TKMS apresentou um projeto baseado nos submarinos das classes Type 212/214, reconhecidos pela tecnologia avançada de propulsão independente do ar (AIP). Essa tecnologia da Marinha permite que os submarinos permaneçam submersos por longos períodos sem precisar emergir, tornando-os ideais para operações furtivas em águas rasas, como as do Mar Báltico.
Já a Saab Kockums propôs uma versão modificada do submarino A26, que se destaca por sua modularidade e versatilidade. Esse modelo é configurável para diversas missões, incluindo coleta de inteligência, guerra antissubmarino e operações com forças especiais. A Saab também se comprometeu a envolver amplamente a indústria holandesa no projeto, o que era um requisito importante para o Ministério da Defesa da Holanda.
Apesar das propostas competitivas, o Naval Group foi escolhido por oferecer capacidades superiores às necessidades específicas da Holanda. Um dos fatores decisivos foi a capacidade da classe Barracuda de operar em missões oceânicas de longa duração, longe das águas territoriais holandesas, enquanto garantia uma cooperação de longo prazo com a indústria local.
Holanda considera submarinos da classe Barracuda os mais adequados às necessidades da OTAN
Do ponto de vista estratégico, o governo holandês considerou os submarinos da classe Barracuda os mais adequados para atender às necessidades mais amplas da OTAN. O projeto se destaca tanto para operações de guerra de alta intensidade quanto para missões de inteligência em águas distantes, alinhando-se às prioridades de defesa e segurança da Holanda no cenário global.