Após intensas negociações e adiamentos de última hora, Israel, o movimento palestino Hamas, os Estados Unidos e o Catar oficializaram um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que inclui a libertação de reféns israelenses e prisioneiros palestinos. A informação foi divulgada pelo site russo TASS e detalhada pelo Axios.
O acordo foi costurado com a participação do enviado do presidente dos EUA, Joe Biden, para o Oriente Médio, Brett McGurk, do enviado do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, e de mediadores do Catar e do Egito. O gabinete de segurança israelense deveria ter aprovado o plano na manhã de quinta-feira, mas disputas sobre a lista final de prisioneiros palestinos atrasaram a assinatura oficial do pacto em um dia.
Segundo o primeiro-ministro e chanceler do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, o cessar-fogo deveria entrar em vigor no domingo, 19 de janeiro. No entanto, devido aos atrasos, a libertação dos primeiros reféns foi adiada de domingo para segunda-feira.

O acordo prevê, em uma fase inicial de 42 dias, que o Hamas liberte 33 reféns israelenses, incluindo crianças, idosos e civis feridos, em troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Além disso, Israel deve recuar suas tropas a pelo menos 700 metros da fronteira de Gaza. Durante este período, ambas as partes devem negociar os próximos passos, incluindo a possível retirada completa das forças israelenses do território.
A assinatura foi dificultada pela exigência do Hamas de incluir na troca líderes militares palestinos condenados a penas de prisão perpétua por envolvimento em ataques. Mesmo assim, o pacto é visto como um marco importante para aliviar as tensões na região.