O Pentágono acaba de interromper abruptamente sua máquina de contratos militares. Pete Hegseth, que assumiu como secretário de Defesa há apenas três dias, ordenou a suspensão imediata de todas as novas contratações do Exército americano e paralisou os pedidos de abertura de novos programas de defesa.
Essa decisão, que promete balançar a indústria militar, foi um dos primeiros atos de Hegseth no cargo. A suspensão de todos os novos contratos do Exército e das solicitações para abertura de programas de defesa ainda não foi oficialmente publicada pelo Pentágono, mas foi reportada pela Bloomberg e confirmada por fontes familiarizadas com o tema.
Segundo fontes ouvidas sob anonimato pela reportagem, a medida pode durar de dez dias a alguns meses.

A pausa, que inicialmente seria de dez dias, pode se estender por meses, segundo fontes ouvidas sob condição de anonimato. A medida sinaliza uma reavaliação do sistema de aquisição militar americano, marcado por atrasos, estouros de custos e uma lenta adaptação às novas tecnologias, como inteligência artificial e drones.
O vice-presidente James David Vance, em entrevista recente, reforçou a necessidade de mudanças drásticas no sistema. “Temos um Exército enfrentando crises de efetivo e preços inflacionados na aquisição de armas. É hora de repensar profundamente como financiamos e equipamos nossas tropas”, declarou.
A decisão ocorre em um momento de ajustes estratégicos mais amplos na política externa americana. Na semana passada, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva suspendendo o apoio internacional dos EUA por 90 dias, com exceção dos programas de assistência militar à Ucrânia, que seguem intocados.
A indústria de defesa está em alerta, aguardando os desdobramentos dessa reavaliação que pode redesenhar as prioridades militares dos EUA e seu mercado bilionário.