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Armas a laser prometem revolucionar a guerra na próxima década: desafios técnicos travam seu avanço mas o controle energético e os projetos militares secretos moldam o futuro desses equipamentos

Descubra os obstáculos técnicos e estratégicos que impedem as armas a laser de dominarem os combates militares e transformarem o futuro das guerras

por Bassani
06/02/2025
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Desde a criação do primeiro laser em 1960, os militares vêm investindo na ideia de desenvolver armas a laser para uso tático e estratégico. A tecnologia laser evoluiu rapidamente e hoje está presente em impressoras, leitores de códigos de barras e até em cirurgias de alta precisão. No entanto, transformar um laser em uma arma de combate confiável continua sendo um grande desafio.

Os obstáculos são técnicos e envolvem energia, potência, dissipação térmica e as limitações da própria atmosfera. Mesmo com décadas de testes, nenhuma força militar do mundo conseguiu criar um sistema que substitua efetivamente mísseis e projéteis convencionais. Mas, afinal, por que é tão difícil construir uma arma laser verdadeiramente funcional?

Tecnologia laser e seus desafios militares para destruir um alvo à distância

Diferente de um projétil comum, que causa impacto mecânico, uma arma laser precisa gerar calor intenso para destruir um alvo à distância. Isso significa que o feixe de luz concentrada precisa atravessar a atmosfera sem perder energia e ainda manter precisão para atingir o objetivo.

Os primeiros testes com armas a laser começaram ainda no século XX, e o foco inicial estava nos lasers químicos, como o Boeing YAL-1, uma modificação do Boeing 747 equipada com um grande emissor de laser no nariz da aeronave. O objetivo desse sistema era destruir mísseis balísticos antes que eles atingissem seus alvos.

O YAL-1 era capaz de gerar um feixe de alta potência, mas enfrentava um grande problema: cada disparo dependia de substâncias químicas altamente tóxicas, e o avião precisava transportar mais de três toneladas desses compostos. Mesmo com esse enorme volume de produtos químicos, o sistema conseguia realizar apenas 20 disparos de cinco segundos cada antes de precisar de reabastecimento.

Diante dessa limitação, os militares passaram a investir em lasers de estado sólido, que não precisam de substâncias químicas para funcionar. Um dos principais avanços nessa área foi o desenvolvimento dos lasers de fibra, onde múltiplos feixes são agrupados para aumentar a potência do disparo.

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USAF equipa AC-130J com arma laser

A barreira energética das armas laser

Embora os lasers de fibra tenham eliminado a necessidade de substâncias químicas, eles ainda exigem uma quantidade absurda de energia para funcionar. Isso representa um problema crítico para veículos militares, navios e aeronaves, que não possuem fontes inesgotáveis de eletricidade.

Navios de guerra, como os cruzadores da classe Ticonderoga, já operam com um consumo energético altíssimo para alimentar seus radares, sistemas de comunicação e armamentos tradicionais. Portanto, adicionar um laser de alta potência exigiria um sistema de geração de energia extremamente robusto.

A Marinha dos Estados Unidos vem testando soluções para esse problema desde 2014, quando instalou o LaWS (Laser Weapon System) no USS Ponce. Esse sistema possuía 30 kW de potência e conseguiu abater drones e embarcações leves durante testes reais.

O aprendizado obtido com o LaWS levou ao desenvolvimento de um sistema ainda mais avançado, chamado SSL-TM, que faz parte do programa LWS (Laser Weapon System Demonstrator). Esse novo sistema aumentou a potência para impressionantes 150 kW, sendo cinco vezes mais forte que seu antecessor.

Em 16 de maio de 2020, um teste no USS Portland demonstrou a capacidade do novo laser ao derrubar um drone inimigo. O sistema utiliza fibras ópticas para concentrar vários feixes de laser em um único ponto, garantindo uma enorme potência de impacto.

Contudo, mesmo com esse avanço, as armas laser ainda sofrem com interferências atmosféricas, como poeira, umidade e turbulências no ar. Essas condições podem reduzir drasticamente a eficácia do laser, tornando necessário o desenvolvimento de versões ainda mais potentes.

O futuro das armas laser: energia nuclear e novas tecnologias

Para que as armas a laser sejam realmente viáveis no campo de batalha, elas precisam de muito mais energia do que os sistemas atuais conseguem fornecer. Uma das soluções que vem sendo estudada é a instalação de pequenos reatores nucleares em navios de guerra, dedicados exclusivamente a alimentar armamentos baseados em laser.

Algumas fontes indicam que a Marinha dos EUA já trabalha em projetos ultrassecretos para desenvolver navios de guerra com reatores nucleares compactos, capazes de gerar energia suficiente para operar lasers de alta potência por tempo prolongado. No entanto, essa tecnologia ainda não está operacional e exigiria grandes avanços em engenharia para ser implementada de forma eficaz.

Outra solução possível seria o desenvolvimento de sistemas de armazenamento de energia ultracapacitores, que poderiam fornecer grandes quantidades de energia instantaneamente, sem a necessidade de reatores nucleares.

Atualmente, as armas laser ainda não substituem os mísseis e projéteis tradicionais, mas os avanços contínuos mostram que essa tecnologia pode se tornar uma peça fundamental na defesa do futuro.

Estamos perto de ver armas laser em ação?

Apesar dos desafios, o progresso na tecnologia laser militar tem sido notável. Sistemas como o LaWS e o SSL-TM já demonstraram que é possível utilizar lasers para abater drones e alvos menores. No entanto, a falta de energia suficiente e a interferência atmosférica ainda limitam seu uso.

A próxima década pode ser crucial para o desenvolvimento de armas laser verdadeiramente eficazes. Se os avanços na geração de energia e no controle de feixes ópticos continuarem, as guerras do futuro podem ser muito diferentes das de hoje, com navios, aviões e veículos equipados com armas de energia direcionada.

Por enquanto, as armas laser continuam sendo um desafio de engenharia, mas o dia em que veremos raios de luz destruindo alvos em plena guerra pode estar mais próximo do que imaginamos.

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