O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) denunciou um grave escândalo envolvendo a empresa Ambipar e o Governo Lula. Segundo ele, um contrato recente concedeu a empresa a possibilidade de administrar serviços em 14% do território nacional. O parlamentar acionou o Conselho de Defesa Nacional, o Ministério da Defesa e o Comando do Exército para investigar o caso.
Os contratos firmados com a Ambipar somam quase meio bilhão de reais apenas em 2024, sendo que três deles foram assinados sem licitação. Barros destaca que o acordo “foi firmado fora do Brasil, em Davos”, e que nem as comunidades indígenas foram consultadas antes da decisão.
Para ilustrar a gravidade do problema, o deputado comparou o território a ser administrado pela Ambipar ao tamanho combinado de vários países europeus: “Uma empresa privada passará a tomar decisões sobre uma área maior que a soma das áreas da França, Inglaterra e Alemanha”, alertou.
Outro ponto alarmante é o crescimento anormal do valor das ações da Ambipar, que subiram “mais de 3.200%” entre junho e dezembro de 2024. Cerca de um mês antes da assinatura do contrato, as ações valorizaram “94% em três dias”, o que levanta suspeitas de vazamento de informações privilegiadas.
O deputado também ressalta que a Ambipar possui ligações com o Fórum Econômico Mundial e ONGs internacionais. Além disso, a empresa já foi “multada pelo Ibama em R$ 22,5 milhões por mau desempenho na gestão de fauna”.
Barros questiona a legitimidade do contrato e a influência de Eloy Terena, secretário executivo do Ministério dos Povos Indígenas, na assinatura do acordo. Ele lembra que Terena foi o responsável por apresentar uma denúncia contra Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional.
Para investigar o caso, Filipe Barros solicitou “a íntegra dos contratos assinados” e acionou várias instituições, incluindo o Conselho de Defesa Nacional, o Ministério da Defesa e o Comando do Exército. “Precisamos defender nossa soberania nacional”, concluiu o deputado, reforçando seu compromisso com a transparência e a proteção dos interesses do Brasil.