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Girassóis contra radiação: por que cientistas usam essa flor para limpar radiação de lugares como Chernobyl e Fukushima?

A ideia de usar girassóis para limpar a radiação parece quase ingênua. Será? A Revista Sociedade Militar resolveu investigar.

por Rafael Cavacchini
14/02/2025
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Chernobyl, Fukushima e a o uso de girassóis contra a radiação.

Chernobyl, Fukushima e a o uso de girassóis contra a radiação. Foto: Revista Sociedade Militar

Girassóis contra radiação: mito ou realidade?

Em um mundo obcecado por soluções tecnológicas mirabolantes, a ideia de usar girassóis para limpar a radiação parece quase ingênua. Mas a verdade é que esses campos amarelos, que parecem saídos de um quadro de Van Gogh, são parte de uma estratégia real de fitorremediação.

Após desastres nucleares como Chernobyl e Fukushima, cientistas recorreram a essa planta para tentar reduzir os danos ambientais. É claro que, como quase tudo que envolve radiação, a história não é tão simples quanto parece.

Como os girassóis “limpam” radiação?

A lógica por trás dessa técnica é que os girassóis absorvem certos isótopos radioativos do solo, ajudando a remover parte da contaminação. De acordo com o cientista Michael Blaylock, que estudou o processo após Chernobyl:

“Os girassóis são realmente bons em absorver certos isótopos radioativos. Lidamos com algumas das consequências do acidente de Chernobyl plantando girassóis nas áreas afetadas.”

O funcionamento dessa estratégia tem base na química:

  1. Césio-137 se comporta como potássio, um nutriente essencial para as plantas. O girassol, sem saber a diferença, absorve esse isótopo radioativo como se fosse um fertilizante.
  2. Estrôncio-90 imita o cálcio, que as plantas usam para manter sua estrutura. Mais uma vez, os girassóis puxam o elemento errado, eliminando a radiação.

A vantagem? O material radioativo fica concentrado na biomassa da planta, facilitando a remoção da radiação sem precisar escavar toneladas de terra contaminada.

A solução milagrosa

A ideia parece ótima no papel, mas na prática, é claro, também tem suas limitações. Primeiro, os girassóis não conseguem “limpar” toda a radiação, apenas uma parte dos elementos radioativos presentes no solo. Além disso, a eficácia da técnica diminui com o tempo, porque certos isótopos radioativos se fixam no solo de maneira que as raízes não conseguem absorver.

No caso de Fukushima, a experiência não deu o resultado esperado. Boa parte da contaminação não estava apenas no solo, mas na água e no ar, dificultando a ação das plantas.

Outro problema: o que fazer com os girassóis contaminados depois? A solução mais prática é queimá-los em instalações especiais, mas isso gera cinzas que ainda contêm radiação, exigindo um descarte seguro.

E agora? A radiação vai continuar?

Desastres nucleares como os de Chernobyl e Fukushima não têm solução rápida. A radiação não desaparece de um dia para o outro. Além disso, tecnologias como a fitorremediação são apenas paliativos.

Os girassóis são um passo na direção certa, mas sozinhos não resolvem o problema da radiação sozinhos. Enquanto isso, 1 milhão de toneladas de água radioativa seguem armazenadas no Japão, esperando uma solução definitiva.

E, como já ficou claro em outros casos, governos e empresas responsáveis por esses desastres sempre prometem remediação. No entanto, na prática, a conta acaba ficando para as gerações futuras.

No fim, os girassóis são bonitos, simbólicos, até ajudam um pouco… Mas não são nenhuma solução mágica para os estragos da radiação.


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