A Marinha do Brasil está construindo um novo navio para ampliar sua presença na região Antártica, segundo tratados internacionais o país precis amanter uma base científica para gratinr direitos de exproração e presença na região. O Navio Polar (NPo) Almirante Saldanha, nome da nova embarcação, segundo informado pela Marinha do Brasil, tem entrega prevista para abril de 2026 e será uma ferramenta essencial para apoiar o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). A embarcação, que já tem 36% de sua construção concluída, está sendo construída em um estaleiro no Espírito Santo e reforçará a capacidade logística e científica do Brasil nas operações em águas polares.
Características da embarcação
Nem todas as informações podem ser divulgadas. A Marinha classificou algumas especificações do navio como reservadas, alegando risco para a segurança da sociedade ou do estado.
“o referido contrato se encontra com a classificação de sigilo, no grau de reservado, por suas informações serem consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação, pois a divulgação ou acesso irrestrito podem prejudicar ou causar risco …”
O Almirante Saldanha terá 103,16 metros de comprimento, 18,5 metros de boca (largura) e um calado máximo de 6,3 metros. O deslocamento total será de 6.808 toneladas, sendo uma embarcação robusta para enfrentar os desafios do Oceano Antártico.
O navio contará com um convoo para pouso e decolagem de aeronaves, além de um hangar com espaço para duas aeronaves orgânicas. Também será equipado com dois guindastes, permitindo flexibilidade nas manobras de carga. A velocidade econômica de cruzeiro será de 12,6 nós (23km/h) , enquanto a máxima atingirá 15 nós (27 km/h).
A estrutura do casco e da superestrutura será construída com aço estrutural naval A36, AH36 e DH36, em conformidade com as exigências do Código Polar, garantindo resistência às condições adversas da região.
As missões e operações na Antartida
O Almirante Saldanha será empregado principalmente no apoio ao PROANTAR, mas também terá funções estratégicas para a Marinha do Brasil, como:
- Apoio logístico às operações brasileiras na Antártica;
- Levantamentos hidrográficos para garantir a segurança da navegação na região;
- Coleta de dados ambientais em prol das pesquisas científicas;
- Reforço da política externa brasileira, ampliando a presença do país em águas polares.
O navio será capaz de operar em mares cobertos por gelo fragmentado de até um ano de idade, podendo atingir latitudes de até 70° Sul durante o verão antártico.
Tripulação e infraestrutura a bordo do Almirante Saldanha
O Almirante Saldanha terá capacidade para acomodar 95 pessoas, incluindo a tripulação fixa, o Destacamento Aéreo Embarcado (DAE), mergulhadores, capelão e até 26 pesquisadores ligados ao PROANTAR.
A tripulação, ainda antes da entrega do navio à Marinha, passará por um programa de treinamento específico, desenvolvido pela empresa Polar 1 Construção Naval, responsável pela construção da embarcação, em conjunto com a EMGEPRON e a Marinha do Brasil.
Testes e certificações
Antes da entrega, o navio passará por um rigoroso processo de testes e certificações, incluindo:
- Testes de aceitação de fábrica (FAT): avaliação inicial dos equipamentos e sistemas;
- Testes de cais (HAT): verificação dos sistemas com o navio atracado;
- Testes de mar (SAT): avaliação final em navegação antes da entrega.
Além disso, o Almirante Saldanha receberá a classificação PC6, uma das mais altas do Código Polar, garantindo sua capacidade de operar em áreas geladas.
Construção dentro do cronograma
O projeto do Navio Polar Almirante Saldanha segue dentro do prazo estabelecido. O cronograma prevê o lançamento da embarcação em novembro de 2025, seguido dos testes de cais e provas de mar, antes da entrega definitiva em abril de 2026. O custo total do projeto é de R$ 691,7 milhões.