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China revela ‘estação espacial’ tripulada no fundo do mar para exploração profunda!

A China está construindo a primeira "estação espacial" subaquática no fundo do mar a 2.000 metros de profundidade! Com tecnologia avançada e foco em recursos secretos como hidrato de metano e novas formas de vida, essa instalação promete revolucionar a ciência, a energia e até mesmo a geopolítica no Mar da China Meridional

por Alisson Ficher
21/03/2025
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Um laboratório subaquático que se assemelha a uma estação espacial, porém em um ambiente completamente diferente, situada a dois mil metros de profundidade. Essa é a estrutura ambiciosa que está sendo construída pela China e visa explorar e desvendar os segredos do fundo do mar.

O projeto, que vem sendo desenvolvido pelo Instituto de Oceanologia do Mar da China Meridional da Academia Chinesa de Ciências, é um dos mais complexos e fascinantes da atualidade.

A “estação espacial” subaquática não só é uma das mais profundas e tecnologicamente avançadas já propostas,

mas também é considerada uma inovação que pode abrir novas portas para o entendimento dos oceanos e suas riquezas escondidas.

O que é a estação subaquática da China?

De acordo com os cientistas responsáveis, essa estação é uma espécie de laboratório subaquático com três módulos, semelhantes aos encontrados em estações espaciais, mas no fundo do oceano.

Ela foi projetada para funcionar em condições extremas, com a missão de estudar ecossistemas marinhos, minerais raros e fontes de energia não exploradas.

O local está programado para iniciar suas atividades por volta de 2030, com espaço para seis cientistas que permanecerão ali por períodos de até um mês.

A estação subaquática não é apenas uma inovação tecnológica, mas também um símbolo do crescente poder geopolítico da China no cenário global.

Sua instalação adiciona uma nova camada de complexidade às disputas territoriais que ocorrem na região do Mar da China Meridional, uma das áreas mais disputadas do mundo.

China constrói uma
China constrói uma “estação espacial” no fundo do mar para explorar novos recursos e ecossistemas, com foco em energia e biodiversidade. (Fonte: Instituto de Oceanologia do Mar da China Meridional da Academia Chinesa de Ciências/Divulgação)

Objetivos e desafios do projeto

De acordo com o redator da “Tecmundo”, o principal objetivo do projeto é estudar as chamadas “infiltrações frias”.

Esses fenômenos oceânicos acontecem quando massas de água fria se movem para áreas ocupadas por águas mais quentes, formando fluxos ricos em substâncias como o metano e o sulfeto de hidrogênio.

Esses componentes provêm de rachaduras no fundo marinho, causadas por atividade geológica ou mudanças de pressão.

Esses fluxos estão sendo estudados porque podem ser uma fonte poderosa de energia,

além de serem habitados por organismos únicos, como bactérias e arqueias.

Esses microrganismos vivem em condições extremas, utilizando os compostos químicos para gerar energia sem precisar de luz solar.

Esses ecossistemas subaquáticos têm se mostrado um repositório de formas de vida raras e altamente adaptadas a ambientes de alta pressão e baixos níveis de oxigênio.

Além disso, a estação servirá para explorar recursos minerais valiosos e raros, que poderiam se tornar uma nova fonte de riqueza.

O hidrato de metano, uma substância formada por gelo inflamável, está entre os maiores atrativos do fundo do mar,

pois pode fornecer uma fonte de energia quase inesgotável, apesar de seu alto potencial de emissão de gases de efeito estufa, caso seja extraído de forma inadequada.

O que é o “gelo inflamável” e por que ele é tão importante?

O hidrato de metano, também conhecido como “gelo inflamável”, é uma das descobertas mais fascinantes do fundo do mar.

Trata-se de um composto que combina metano com água congelada, formando um tipo de gelo que, quando aquecido ou despressurizado, libera metano, o que provoca a “queima” do gelo.

Esse gás é uma fonte de energia poderosa, com um potencial energético muito superior ao de outros combustíveis fósseis como carvão e petróleo.

Os cientistas acreditam que os depósitos de hidrato de metano existentes nos oceanos podem conter mais carbono do que todas as reservas conhecidas de carvão, petróleo e gás natural combinadas.

Apesar de seu enorme potencial energético, o metano é um gás de efeito estufa muito potente,

com 80 vezes mais impacto sobre o aquecimento global do que o dióxido de carbono.

Como os cientistas sobreviverão em condições extremas?

A estação subaquática chinesa será instalada em um dos ambientes mais hostis do planeta, com uma pressão 200 vezes superior à registrada ao nível do mar e a total ausência de luz natural.

Os cientistas precisarão de um sistema de suporte de vida altamente avançado para garantir sua sobrevivência durante os períodos em que estarão isolados por até um mês.

Isso inclui monitoramento contínuo para detectar movimentos de metano, mudanças nos ecossistemas locais e até mesmo a atividade tectônica nas zonas de infiltração fria.

Para garantir a segurança da estação e dos cientistas, será montado um sistema de monitoramento quadridimensional, que inclui não apenas a estação em si, mas também submersíveis não tripulados, observatórios submarinos e até um navio de perfuração especializado, o Mengxiang.

Este navio será capaz de perfurar até o manto terrestre, a cerca de 11 mil metros abaixo da superfície do mar.

Impacto geopolítico e científico

O projeto subaquático chinês não é apenas uma grande realização científica, mas também um passo estratégico no cenário geopolítico.

A construção dessa estação pode ter implicações significativas para as disputas territoriais no Mar da China Meridional,

uma região rica em recursos naturais e uma das mais contestadas do planeta.

A China, ao instalar uma estação de pesquisa tão avançada, reafirma seu controle sobre a área e expande suas ambições em diversas frentes: pesquisa científica, exploração de recursos e fortalecimento de sua posição geopolítica.

De acordo com o líder do projeto, Li Chaolun, o objetivo principal da estação é ir além da ciência convencional.

Ele enfatiza que a pesquisa sobre infiltrações frias é fundamental para entender o ciclo de carbono da Terra, a vida em ambientes extremos e a forma mais segura de extrair recursos, como o hidrato de metano.

Além disso, a China planeja usar a estação para estudar climas antigos e a vida microbiana, o que pode revolucionar a compreensão sobre a evolução da Terra e seus ecossistemas.

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