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Gripen: o melhor caça da América Latina? FAB renasce com o caça de 4ª geração e especialistas dão suas opiniões

De acordo com especialistas, o Gripen não é apenas um caça poderoso, mas faz parte de um sistema de combate interconectado.

por Rafael Cavacchini
11/03/2025
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Gripen F-39 e a engenharia extremamente complexa por trás de um caça moderno.

Gripen F-39 e a engenharia extremamente complexa por trás de um caça moderno. Foto: FAB / Divulgação

Por que o caça Gripen pode tornar a FAB uma das forças aéreas mais temidas?

Se há uma coisa que analistas e entusiastas afirmam com segurança, é que a chegada do caça Gripen à Força Aérea Brasileira (FAB) marca um divisor de águas na defesa aérea do país. Trata-se de um caça de última geração, com mísseis de ponta, sensores avançados e um alcance impressionante. Mas será que o Gripen é realmente o melhor caça da América Latina? A Revista Sociedade Militar consultou dados e falou com militares e especialistas para responder a essa questão.

O Gripen é realmente tudo isso?

O primeiro Gripen de série da FAB, o F-39E FAB 4100, realizou seu primeiro voo em 2019. Desde então, passou por um rigoroso processo de certificação. Agora, os Gripen já estão operando no Brasil, com sua base em Anápolis-GO. Durante testes, o caça demonstrou sobretudo incrível performance mesmo em condições desafiadoras, como temperaturas acima de 35°C e operações em pistas a mais de 1.100 metros de altitude.

Uma das grandes vantagens do Gripen está nas modificações feitas pela Saab para melhorar principalmente sua manobrabilidade, controle em baixas velocidades e capacidade de pouso e decolagem em pistas curtas. Tudo isso o torna um caça incrivelmente versátil.

Com autonomia de até 4.070 km, o Gripen cobre todo o território brasileiro sem dificuldades. Em missões de combate ar-ar, com até 5 mísseis Meteor, 2 IRIS-T e tanques extras de combustível, seu raio de combate chega a 1.300 km, permitindo patrulhas prolongadas.

Para efeito de comparação, os outros finalistas do programa FX-2 da FAB tinham alcances menores:

  1. Rafale: 3.700 km
  2. Super Hornet: 3.330 km

Ou seja, o Gripen não só venceu a concorrência como, no quesito alcance e eficiência, se mostrou sobretudo superior.

Mísseis que mudam o jogo

O que realmente coloca caça o Gripen em outro patamar é seu armamento. A FAB adquiriu nada menos que 100 mísseis Meteor, o melhor míssil BVR da atualidade. Com alcance superior a 150 km e uma zona de não-escapada de cerca de 60 km, o Meteor torna qualquer combate aéreo extremamente perigoso para o adversário.

Míssil METEOR do tipo usado pelos caças Gripen da FAB: o melhor míssil da América Latina.
Míssil METEOR do tipo usado pelos caças Gripen da FAB: o melhor míssil da América Latina. Foto: Divulgação

Essa quantidade de mísseis é algo incomum na América Latina. Países do Oriente Médio, que vivem sob constante ameaça, costumam fazer compras nesse volume, mas para a FAB, isso representa uma mudança radical na postura defensiva.

A FAB está construindo uma rede de guerra aérea?

De acordo com especialistas, o Gripen não é apenas um caça poderoso, mas faz parte de um sistema de combate interconectado. Com o LINKBR2, um enlace de dados desenvolvido pela Embraer, os caças poderão trocar informações em tempo real com radares terrestres, aviões de alerta antecipado, navios da Marinha e até blindados do Exército.

Outro diferencial é sua capacidade de supercruzeiro, permitindo que voe a velocidades supersônicas sem precisar do pós-combustor. Assim, reduz drasticamente o consumo de combustível. Nenhum outro caça na América Latina tem essa capacidade.

Uma frota aérea de primeiro mundo

A FAB também está fortalecendo sua capacidade de reabastecimento em voo. Com seus 19 KC-390, a força aérea brasileira terá um nível de suporte aéreo inédito na América Latina. Para se ter uma ideia, no passado, a FAB contava com apenas dois KC-130H e quatro KC-137 (já desativados). Agora, a nova frota garantirá que os Gripen permaneçam mais tempo no ar, aumentando sua efetividade.

KC-390 da Força Aérea Brasileira.
KC-390 da Força Aérea Brasileira. Foto: Divulgação / FAB

E não para por aí! Os cinco aviões-radares E-99M modernizados ampliam a capacidade de vigilância da FAB. Com um novo radar de 723 km de alcance, esses aviões podem detectar alvos aéreos, navais e até terrestres, garantindo um monitoramento ininterrupto do espaço aéreo nacional.

Mas nem tudo são flores…

Apesar de todas as vantagens, o Gripen não está isento de polêmicas. Especialistas apontam que, apesar da sua tecnologia avançada, não se trata de um caça de quinta geração, como o F-35, que já está sendo adotado por diversos países.

Outro ponto questionável foi o cancelamento da compra de nove unidades do KC-390, reduzindo a encomenda inicial de 28 para 19 aviões. A justificativa da FAB foi o impacto da pandemia na economia, mas especialistas apontam que isso pode afetar a logística das operações aéreas no futuro.

Além disso, o Gripen ainda enfrenta desafios para se tornar operacional em sua capacidade máxima. A integração total de seus sistemas ainda está em andamento. Assim, algumas capacidades de combate ainda dependem de atualizações e novos treinamentos para os pilotos brasileiros.

Gripen: afinal, é mesmo o melhor caça da América Latina?

Apesar das críticas e desafios, o Gripen NG representa um salto gigantesco para a Força Aérea Brasileira. Sua combinação de autonomia, tecnologia de ponta, mísseis Meteor e suporte aéreo robusto o torna, sem dúvidas, o caça mais avançado da América Latina.

Com a FAB investindo cada vez mais em uma estrutura de combate interconectada, o Brasil finalmente entra para a elite das forças aéreas globais.

Agora, resta a pergunta: será que os vizinhos da América do Sul vão reagir a esse novo poder aéreo brasileiro?


Revista Sociedade Militar

 

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