No campo de batalha moderno, onde cada segundo pode definir a vitória, a Rússia acaba de apresentar uma arma capaz de mudar o rumo dos confrontos de curto alcance: o Solist. Essa plataforma híbrida, que une características de míssil guiado e drone FPV (visão em primeira pessoa), está sendo testada em missões reais contra posições defensivas e veículos blindados ucranianos e já chama a atenção pelo seu desempenho, precisão e baixo custo. Informação divulgada no site tecmundo.com.br
O Solist é um projeto militar e a síntese do que há de mais moderno em armamento tático. Com lançamento por tubo, propulsor de foguete e capacidade de correção de trajetória em tempo real, ele alcança até 500 km/h e altitude de 2.000 metros, com alcance operacional de 800 metros a 10 km. Medindo 1,2 metro e pesando cerca de 20 kg, o projétil é manobrado por operadores em solo, a até 2 km de distância, com uso de óculos de realidade virtual, tudo isso com transmissão ao vivo da câmera a bordo.
Tecnologia de guerra de última geração contra blindados e alvos móveis em teste na Rússia
Seu maior trunfo está na flexibilidade durante o voo: caso o alvo inicial mude de posição ou surja uma ameaça mais relevante, o operador pode redirecionar o armamento em pleno ar. Essa capacidade de ajuste dinâmico faz do Solist um diferencial crucial em missões de alta pressão.
Compatível com ogivas antiblindagem de carga moldada, explosivas de fragmentação e termobáricas, o Solist entrega alto poder destrutivo com ampla personalização. Sua munição é semelhante à de lançadores como o RPG-7 e o SPG-9, facilitando a logística e ampliando a interoperabilidade no campo de batalha.
Além disso, a arma já está sendo usada pelas Forças Armadas da Rússia em Donetsk, região ucraniana anexada por Moscou em 2022, como parte dos testes que vão definir seu futuro. Com desempenho positivo, o sistema será adotado em larga escala nos próximos meses.
Alta velocidade, ogivas letais e controle por realidade virtual
Outro ponto de destaque é a blindagem contra interferência eletrônica, problema comum em drones convencionais. O Solist foi projetado para atravessar zonas de bloqueio de sinal com mais facilidade. E mesmo se perder o contato com o operador, o sistema segue sua rota original até o alvo programado, uma função vital em áreas com guerra eletrônica intensa.
A arma também se mostra eficaz contra helicópteros voando baixo e outros drones inimigos, ampliando sua utilidade em diferentes frentes de combate. Esse poder multitarefa, aliado à mobilidade e precisão, torna o Solist uma solução tática de alto impacto para as Forças Armadas da Rússia.
Produção em massa começa em 2025 na Rússia com custo até 4x menor que drones kamikazes
Desenvolvido pela empresa KEMZ em parceria com os militares da Rússia, o Solist teve sua fase de projeto concluída no final de 2024. A produção em larga escala está prevista para começar ainda em 2025. Segundo o Rivir Center, que supervisiona a aplicação de tecnologias civis no setor militar, a Rússia terá capacidade de fabricar até 2 mil unidades do Solist por mês.
Mas talvez o dado mais surpreendente seja o custo: o Solist custa até quatro vezes menos que um drone kamikaze de mesma carga explosiva. Isso permite uso em larga escala com menor impacto orçamentário, algo crucial em conflitos prolongados como o da Ucrânia. Segundo especialistas, com tecnologia de ponta, agilidade operacional, resistência a interferência e economia, o Solist pode se tornar um divisor de águas no arsenal russo e redefinir os rumos da guerra moderna.