Os Estados Unidos lançaram neste sábado (16) uma ofensiva militar contra alvos estratégicos dos Houthis no Iêmen, em resposta aos recentes ataques do grupo contra embarcações no Mar Vermelho. A operação foi ordenada pelo presidente Donald Trump e teve como objetivo neutralizar bases de lançamento de drones e mísseis utilizados pelos militantes xiitas, que são apoiados pelo Irã.
A ofensiva envolveu ataques aéreos e navais, incluindo o uso de caças F/A-18 Super Hornet operando a partir do porta-aviões USS Harry S. Truman, além de mísseis de cruzeiro Tomahawk disparados de destróieres americanos na região. Segundo fontes militares, o bombardeio teve como alvos radares, defesas antiaéreas e centros de comando utilizados pelos Houthis para coordenar ataques contra navios comerciais e militares.
Trump utilizou suas redes sociais para reforçar o posicionamento dos Estados Unidos contra os Houthis e advertir o Irã sobre possíveis retaliações. O presidente declarou que qualquer ação contra interesses americanos resultará em uma resposta “imediata e devastadora”. Ele também reiterou a classificação dos Houthis como organização terrorista, o que amplia a liberdade do governo para realizar operações contra o grupo.
Fontes do governo americano afirmam que os ataques podem continuar nas próximas semanas, dependendo da reação dos Houthis. A ofensiva busca restaurar a segurança na região, mas enfrenta desafios, já que parte do arsenal do grupo está escondida em estruturas subterrâneas ou disfarçada em áreas urbanas. Além disso, os Estados Unidos monitoram possíveis movimentações iranianas que possam indicar um apoio militar mais direto aos Houthis.
Imagem: Combatentes houthis e apoiadores
A escalada de tensão também ocorre em meio a pressões do governo de Israel, que defende ações mais agressivas contra o Irã. Autoridades israelenses teriam sugerido a Trump uma operação conjunta para atingir instalações nucleares iranianas, especialmente após ataques israelenses no final de 2024 terem enfraquecido as defesas aéreas do país persa. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos da ofensiva americana e os impactos no equilíbrio de poder na região.
A informação foi divulgada pelo canal “Hoje no mundo Militar”, que acompanha de perto os conflitos geopolíticos e militares em andamento no Oriente Médio.