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A bomba silenciosa da China: veto às terras raras ameaça paralisar caças F-35 e mísseis dos EUA, enquanto Pequim aperta o cerco e expõe a vulnerabilidade militar americana

A decisão estratégica da China de restringir materiais essenciais usados em armas e caças americanos acende o sinal vermelho nos bastidores da geopolítica global, revelando um embate oculto que pode paralisar indústrias inteiras e redefinir o equilíbrio militar do planeta.

por Alisson Ficher
24/04/2025
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Uma ameaça invisível paira sobre os céus dos Estados Unidos, e ela não vem de mísseis ou caças inimigos, mas de ímãs.

Enquanto o mundo observa as tensões entre potências globais aumentarem, um movimento silencioso da China revelou-se potencialmente devastador para a segurança nacional americana.

Pequim decidiu restringir a exportação de alguns dos elementos mais estratégicos do planeta: as chamadas terras raras.

Essa manobra, ainda pouco compreendida por muitos, pode afetar diretamente a produção de armas e aviões de combate dos Estados Unidos, incluindo o lendário caça F-35.

Um veto que atinge o coração da defesa americana

De acordo com informações publicadas recentemente pelo jornal ”The Guardian”, a China impôs limites à exportação de minerais críticos usados na fabricação de ímãs de alto desempenho, essenciais para o setor de defesa dos Estados Unidos.

Com essa medida, o governo chinês deu um alerta geoestratégico que soa como um verdadeiro tiro de advertência.

A decisão não afeta apenas o comércio internacional.

Ela impacta diretamente a capacidade de fabricação de armamentos de ponta, usados pelas forças armadas norte-americanas.

Especialistas alertam que, se nada mudar, os EUA podem enfrentar sérios problemas logísticos dentro de poucos meses.

O risco é real: sem esses materiais, caças como os F-35, mísseis balísticos guiados e até drones dos Fuzileiros Navais podem parar de funcionar.

Esses sistemas dependem de ímãs produzidos com elementos como neodímio, disprósio e ítrio, usados nos motores, sistemas de guiagem e mecanismos de segurança.

O calcanhar de Aquiles norte-americano

O que muitos desconhecem é que mais de 90% desses ímãs vêm da China, que também concentra o refino de seis dos metais essenciais usados nesses componentes.

Esse monopólio concede a Pequim uma poderosa ferramenta de influência geopolítica, capaz de afetar cadeias globais inteiras.

Segundo fontes militares citadas pelo The Guardian, a restrição atual pode escalar para sanções ainda mais duras, como cotas ou proibições totais, impactando diretamente os custos e o abastecimento de armamentos nos EUA.

Um oficial da Força Aérea dos EUA classificou o movimento como um aviso, mas alertou que a situação pode sair do controle rapidamente.

Mas afinal, o que são terras raras?

As terras raras são um grupo de 17 elementos químicos fundamentais para a fabricação de tecnologias avançadas, especialmente em setores como defesa, energia, eletrônicos e telecomunicações.

Apesar do nome, esses elementos não são necessariamente escassos, mas sua extração e refino são complexos, caros e altamente poluentes, o que torna seu fornecimento concentrado em poucos países.

A China domina mais de 85% da produção global desses materiais, o que lhe confere uma vantagem estratégica crucial no cenário internacional.

Itens como baterias de carros elétricos, turbinas eólicas, smartphones, lasers militares, radares e até os motores dos caças F-35 dependem diretamente de elementos como neodímio, disprósio, lantânio e térbio, que fazem parte do grupo das terras raras.

Um bloqueio com potencial global

O impacto da decisão chinesa vai muito além dos Estados Unidos.

Diversos países da Europa e da Ásia também dependem fortemente do fornecimento de terras raras para manter seus setores industriais ativos.

Entretanto, os EUA estão entre os mais vulneráveis, por usarem intensamente esses materiais em seu setor de defesa.

Sem acesso a essas matérias-primas, o funcionamento de aeronaves militares, mísseis guiados e sistemas eletrônicos pode ficar comprometido, o que abriria uma perigosa janela de fragilidade geopolítica.

Corrida por alternativas

Diante da ameaça, os EUA já iniciaram movimentos para tentar contornar essa dependência.

Projetos para explorar minas de terras raras em solo americano voltaram à pauta, assim como parcerias com países como Austrália e Canadá, que também possuem reservas significativas.

No entanto, a questão central não é apenas a extração, mas o refino — e aí a China ainda reina absoluta.

Mesmo que os EUA consigam extrair esses materiais, não possuem atualmente a infraestrutura necessária para processá-los em larga escala.

Essa lacuna tecnológica coloca o país em uma posição delicada frente à China.

Brasil, a nova fronteira estratégica?

Com a crise em andamento, países fora do eixo China-EUA começaram a ser vistos como alternativas emergentes na cadeia de fornecimento.

E o Brasil aparece como uma peça importante nesse tabuleiro.

Nos estados do Amazonas, Pará e Goiás existem reservas confirmadas de elementos terras raras, embora ainda pouco exploradas comercialmente.

Empresas brasileiras, em parceria com universidades e agências internacionais, vêm acelerando pesquisas para extrair e refinar esses materiais em território nacional.

Se bem estruturado, o Brasil pode se tornar um dos novos hubs globais para fornecimento desses insumos estratégicos, conquistando um lugar de destaque em um mercado bilionário.

Além disso, a posição neutra do país frente à disputa entre China e EUA pode permitir a construção de acordos comerciais vantajosos com ambos os lados.

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