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Alerta global: imagens do Google Earth mostram seis submarinos nucleares atracados na costa da China, evidenciando o avanço silencioso da marinha chinesa e sua estratégia de dissuasão

Uma base de submarinos nucleares foi flagrada na costa leste da China. Especialista australiano revela expansão da frota atômica chinesa, com destaque para os modelos Tipo 093 e 094

por Noel Budeguer
17/04/2025
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Já se passaram nada menos que 24 anos desde o lançamento do Google Earth, um serviço de visualização geográfica e exploração de imagens de satélite em alta resolução. Pois bem, graças a esse sistema, o analista naval australiano Alex Luck descobriu uma base de submarinos na costa leste da China, onde há nada menos que seis submarinos nucleares atracados. Isso demonstra claramente o crescimento da frota de submarinos nucleares do governo de Xi Jinping.

Submarinos avistados, em detalhes

Os submarinos estão localizados na Primeira Base de Submarinos, situada a cerca de 18 quilômetros a leste de Qingdao, no mar Amarelo, com fácil acesso ao mar da China Oriental e ao mar do Japão. Nas imagens captadas pelo Google Earth, foram identificados seis submarinos: dois da classe Tipo 091, dois da classe Tipo 093 (bem mais modernos e com capacidade ofensiva), um não identificado e um Tipo 092 com mísseis balísticos, que já foi retirado do serviço ativo, mas permanece atracado.

Luck afirma que o submarino não identificado pode estar passando por um processo de desmontagem, já que a manutenção normalmente ocorre em outro local. Além disso, em sua publicação — destacada pelo portal Interesting Engineering —, Luck concluiu que cinco dos submarinos de propulsão nuclear avistados estavam armados com armamentos convencionais.

GE imagery update of Qingdao First Submarine Base, with several nuclear powered boats visible. Red Type 09I (likely training boats/MTS), green Type 09III(A), blue Type 09IV SSBN, yellow unidentified hull, 09IIIA or possibly 09IIIB, purple unidentified hull in dock. pic.twitter.com/CaWPOGCk9T

— Alex Luck (@AlexLuck9) April 11, 2025

O impressionante poder naval nuclear da China

Dessa forma, o poderio marítimo nuclear da China continua sendo motivo de atenção internacional. Desde 2010, o país tem trabalhado incansavelmente no desenvolvimento dessa capacidade, tendo construído mais de uma dúzia de submarinos nucleares: entre eles, os submarinos de ataque Tipo 093/093A e seis submarinos lançadores de mísseis balísticos (SSBN) do Tipo 094, capazes de carregar até 12 mísseis balísticos intercontinentais JL-2 ou JL-3.

Atualmente, está em desenvolvimento uma nova versão da classe Tipo 093. Entre 2022 e 2023, foram construídos quatro submarinos Tipo 093B, sendo esperada a entrada em operação de três deles até o final de 2025.

As classes de submarinos nucleares da China: evolução e capacidades

A frota de submarinos nucleares da China tem evoluído rapidamente nas últimas décadas, tanto em número quanto em sofisticação tecnológica. Os submarinos da classe Tipo 091, também conhecidos como classe Han, foram os primeiros submarinos de propulsão nuclear construídos pelo país, com seu primeiro exemplar lançado ainda nos anos 1970. Embora tecnologicamente obsoletos frente aos padrões atuais, ainda são utilizados para treinamento e missões costeiras.

Já os Tipo 092, conhecidos como classe Xia, foram os primeiros submarinos chineses equipados com mísseis balísticos. Possuem a capacidade de lançar mísseis JL-1, com alcance limitado, e atualmente estão praticamente fora de serviço, sendo substituídos por versões mais modernas.

Os Tipo 093, ou classe Shang, representam um grande salto em termos de furtividade, desempenho e capacidade de combate. Projetados para missões de ataque, esses submarinos são equipados com torpedos e mísseis de cruzeiro, e têm como função essencial proteger os SSBN chineses e patrulhar áreas estratégicas do Indo-Pacífico.

Por fim, os Tipo 094, ou classe Jin, são os principais SSBNs (submarinos lançadores de mísseis balísticos) em operação. São capazes de carregar até 12 mísseis JL-2, com alcance intercontinental, e representam o componente marítimo da tríade nuclear chinesa, permitindo que Pequim mantenha uma dissuasão estratégica mesmo em caso de ataque ao território continental.

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