Em uma ação impressionante que mobilizou mais de 4.200 militares durante o primeiro trimestre de 2025, o Comando Militar da Amazônia (CMA) apreendeu mais de 1,4 tonelada de drogas, 33 dragas usadas no garimpo ilegal e R$24 milhões em espécie.
A operação, que combateu crimes ambientais e transfronteiriços em quatro estados da Amazônia Ocidental, também apreendeu 42,4 toneladas de cassiterita, minério valioso usado na indústria eletrônica.
Os resultados financeiros são expressivos: mais de R$143,2 milhões contabilizados entre apreensões, multas e interrupção de atividades ilegais.

Mais de 4.200 militares agiram contra crimes ambientais e transfronteiriços. (Foto: CMA)
Arsenal do crime desmantelado
A força-tarefa desarticulou o arsenal utilizado pelo crime organizado na região, com a apreensão de 33 armas de fogo de diversos calibres e munições de uso restrito.
Além disso, foram confiscados 323 motores, 67 geradores e 30 veículos, incluindo escavadeiras, quadriciclos e embarcações utilizados em atividades ilegais.
“O êxito das operações é atribuído à atuação coordenada para o emprego simultâneo de quatro Brigadas de Infantaria de Selva”, destaca o documento oficial do CMA.
Guerra ao garimpo ilegal
A operação teve como alvo principal o garimpo ilegal, conseguindo apreender 35 mil litros de combustível utilizados nas práticas de mineração clandestina.
As multas aplicadas somam mais de R$236 mil por infrações ambientais, demonstrando o rigor das ações de fiscalização.
“A integração entre os diversos órgãos envolvidos permite respostas mais rápidas e eficazes diante das ameaças à soberania nacional”, enfatiza o documento do Exército.
Proteção aos povos indígenas
Destaque para a continuidade da Operação Catrimani II, focada no apoio à desintrusão da terra indígena Yanomami, em Roraima, realizada em articulação com a Casa de Governo Federal.
No Vale do Javari, segunda maior terra indígena do país, o CMA mantém patrulhamentos fluviais e terrestres constantes, em ações conjuntas com FUNAI, ICMBio e Polícia Federal.
” As operações de combate aos crimes transfronteiriços caminham ao lado de ações humanitárias, como apoio à saúde indígena, transporte de vacinas e atendimentos médicos em comunidades isoladas”, ressalta o comunicado.
Força interagências
A operação contou com participação da Polícia Federal, IBAMA, FUNAI, ICMBio, Força Nacional de Segurança Pública, PRF e secretarias estaduais de segurança.
“Ao intensificar a presença nos pontos críticos da Amazônia Ocidental, o CMA reafirma o compromisso com a defesa da soberania nacional, o combate aos crimes ambientais e o respeito à diversidade cultural e ambiental da região”, conclui o documento.